A viagem de Chihiro

sugar

Minha princesa de Tão Tão Distante…
vou de Canoas a Dois Irmãos,
este rio não é tão grande!
No Mundo da Lua Cheia achei o Lobo Mau,
Me encontre em meia hora no Beco Diagonal.
Tenho milhões de fantasias
mas só R$ 1,00
e o trem é quatro…
posso dormir no seu quintal?
Serei amigo dos Insetos
quando a luz se for contigo,
o Bicho-Papão não passa pelo cobertor antigo.
Debaixo da cama
anjos e demônios que se virem,
se me der seu “boa noite” morro zen,
sonos vivem, sonhos riem;
somos hippies e crianças,
eu não amo tanta gente
mas odiar me cansa,
como odiar sua dança?
Até fiz um som,
não tenho o dom
mas, pra compensar,
trouxe um bombom! Perdoe o Tom…
somos heróis de brinquedo na estante
Com as solas sem donos…
ao infinito e avante!

Eu só penso em Dois Irmãos,
não aguento minhas irmãs,
Chute o Velho do Saco e eu chamo os Jovens Titãs!
Dois irmãos se dividem,
dois olhos por um cisco
Dez bocas e um cortiço,
dois filhos de Francisco.

O segredo dos bichos é regra do simpático,
o Rei é o Leão,
mas o Raposo… fantástico,
parei no Bar dos Céticos,
conheci samba e pagode,
Seu Casmurro bebe o mundo,
ouve Dom Pixote,
pensa nos pés da Moça
jogar-se-ia ajoelhado,
Com olhos de ressaca,
coração embriagado,
e eu com Severino
recém vencendo os lutos,
cruzando Terabithia
fronteira de Canudos.

Antônio aconselhou-me: fuja da Matrix!
Desabracei meus pais,
fui parado numa blitz,
pelos morros que passei,
os ventos uivam de fome.
“Qual dos porcos é seu destino?”
…vim lhe perguntar meu nome.

 

Léo da Silva Moura
Estudante do Curso Técnico de Eletrônica
Fundação Liberato

1º Lugar
Categoria Poema
Liberarte 2022

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