Hoje vou escrever sobre um tipo de combustível. O combustível que move e faz avançar e também é conhecido como propósito. Ele não precisa ser único, pode ser trocado no meio do caminho ou renovado a cada esquina, mas precisa existir para que o curso natural da vida faça sentido.
Nos últimos tempos, com o avanço e a viabilidade de acesso às tecnologias que fazem parte da rotina, parece que a ideia de viver pelo propósito vem sendo substituída pela ideia de mostrar vivência e acabar esquecendo-se do propósito. Tornou-se mais importante aparecer do que apreciar, além, é claro, das pré-impressões do mundo virtual, onde, muitas vezes nos são apresentadas pessoas que nem existem, camufladas em pessoas que dizem ser.
Não é verídico que essas tecnologias sejam ruins, pelo contrário, são extremamente úteis, desde que não ocupem o tempo que utilizaríamos para correr atrás do nosso propósito. Além disso, precisamos reconhecer o quanto essas inovações têm contribuído para os avanços da comunicação.
Ainda assim, penso que seria melhor por um tempo, voltarmos a adotar formas convencionais de vida, dando mais valor ao pessoal do que ao virtual, de forma que um nascer do Sol seja sentido, uma música seja cantada, a comida possa ser feita e degustada (não fotografada) e a família devidamente valorizada. Minha causa hoje, gira em torno de alertar meus amigos sobre a vida que passa diante dos olhos. O que ficará guardado, lhes garanto, serão as ideias e sentimentos trocados fora das telas, pois, quando isso for novamente descoberto, os avanços pessoais talvez ultrapassem os tecnológicos e esse é o propósito inicial.