A água em meio à vida viaja quieta e tímida, seguindo seu percurso, passando por obstáculos, dando vida. E a beleza vem em seguida, devido a sua calma, generosidade e tranquilidade. E nós somos meros imortais apaixonados pela sua beleza.
Conhecida como solvente universal, de forma molecular H2O, com o ponto de fusão a 0°C e de ebulição de 100°C, com pH 7,0, de densidade igual a 1g/cm³, a água é uma substância maravilhosa. Contudo, quando falamos dela aparece sempre o mesmo e velho discurso racional e científico sobre o consumo desenfreado e como devemos preservá-la. Mas você já observou e pensou sobre a sua beleza? Não há culpa, caso não tenha feito, porque, em meio às tarefas, ao estresse e à correria do dia a dia, nos esquecemos das coisas belas, mesmo as que estão em nossa frente.
No entanto, pare por um minuto e pense em uma clareira em meio a uma floresta, ao seu lado, o som da água correndo por um rio ou caindo de uma cachoeira, sinta o aroma fresco do orvalho sobre as plantas. Note a sensação de calma que essa imagem transmite. Esse som nos transmite tanta paz que tentamos trazê-lo para nosso ambiente.
Nessa mesma imagem, podemos mergulhar na água e notar como ela é refrescante em um dia de sol, suave para nossa pele e renovadora para nossa alma. E há coisa melhor do que, num dia de inverno, tomar um banho quente, deixando a água percorrer nosso corpo, esquentando-o?
E, além de tudo isso, a água forma as paisagens mais exuberantes em nosso planeta, desde a água cristalina encontrada nas praias do nosso nordeste, até as águas turvas, por exemplo, do Lago Negro, em Gramado (RS). E não só a beleza da água em si, mas também o que ela traz, como em Fernando de Noronha, um paraíso tropical onde encontramos fauna e flora marítimas incríveis, com direito a vários peixes exóticos.
A água é cheia de mistérios, talvez não verdadeiros mistérios, mas, com certeza, exibe coisas impressionantes e forma lugares incríveis. Comece a prestar mais atenção nisso, a utilizar o seu som para acalmar o estresse. Tire um momento do seu dia para apreciá-la, nem que seja necessário partir para o clichê e olhar o pôr do sol nas margens do Guaíba. Enfim, dê valor para a água não só como um meio de sobrevivência, mas também de beleza e tranquilidade.
Natália Carniel e Thaís Barth – Alunas do Curso Técnico de Química Fundação Liberato