Eu. Eu não quero mais saber de Eu,
Eu é sozinho, sozinho, sozinho…
Todo dia Eu abre e fecha a porta de saída,
Entra na vida e volta com os mesmos embrulhos
De pão e jornal – maço de cigarros – démodé,
Eu é démodé, démodé, démodé…
Reflexo azul, aquele a quem olho n’água,
Quem é?
– Não és tu, não és tu, não és tu!
Eco já não de mim – fragmentos
Destituídos de amarelo lembrança,
As aves voam, voam, voam…
Volta apertada a onda da dor – plexo:
O outro me dói, Roland, me dói,
Inferno de mim – Eu existe!
Para quê? Para quê? Para ti…
Abro a porta de entrada,
Entrego-me em mente, corpo e alma, inteiro…
Eu, para ti, para ti, para ti…