Naquele entardecer, naquela brisa única
As inexplicáveis e indescritíveis cores daquele pacífico e imenso lugar
Aqui e ali um pássaro, um ruído de vento
Um galho de pinheiro que se move, uma folha que vai ao chão
Pequenas melodias daqueles insetos, talvez algum anfíbio
A areia fina e macia sob os pés, a imensa e rasa lagoa
É preciso deixar-se molhar
É preciso sentir na pele a temperatura
A intensidade leve das ondas quase inexistentes
É preciso explorar, é preciso sair do abraço e aventurar-se água adentro
Sentir a textura do tempo
É preciso andar rumo ao horizonte como se pudesse alcançá-lo
É preciso ver de outro jeito
É preciso que me misture com a paisagem, que seja parte dela
Que componha o mágico momento que nunca se repetirá
E que estará dentro de mim, tecendo minhas próprias cores