OS MENINOS QUE ENGANAVAM NAZISTAS

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A Segunda Guerra Mundial foi uma época em que o ser humano se transformou na pior criatura, sendo capaz de perseguir e matar mais de seis milhões de judeus. Na obra autobiográfica “Os meninos que enganavam nazistas”, a perseguição fica explícita, mas, mesmo assim, o amor ainda prevalece no coração de Joffo.

A obra originalmente intitulada “Un sac de billes”, foi recebida como “Os meninos que enganavam nazistas” no Brasil e também foi um livro que marcou gerações na França. Esta obra contém o relato de Joseph Joffo, um parisiense judeu que, aos 10 anos de idade, desafiou a morte. Ele e seu irmão, Maurice, tiveram de fugir pela França afora para sobreviver. Eles passaram fome, frio, foram agredidos e sofreram demais, como muitos dos judeus da década de quarenta. Joseph incitou a reflexão em seus leitores, pois a percepção de que os fatos são reais e que ocorreram há menos de cem anos, gera angústia e faz todos pensarem sobre a crueldade humana.

Como alguém foi capaz de matar crianças, idosos, famílias inteiras simplesmente pela religião? Milhões de almas inocentes foram mortas, tiveram sua vida ceifada porque uma pessoa, talvez perturbada, pensou que, dessa forma, a sociedade evoluiria. Joseph mostrou ao leitor a sua dor e, com o tempo, o seu amadurecimento; por exemplo, quando não chorou após receber a notícia de que seu pai havia sido pego. Ele mesmo conta que, por ter passado por muitas circunstâncias, as lágrimas não escorriam mais em seu rosto, a tristeza foi tomada pela raiva. A dor de saber que o seu pai não voltaria mais, que as histórias que ele contava não se repetiriam ou que jamais se confortaria no seu abraço. Em certo momento da autobiografia, Joseph chega a levar um soco de um coronel. A que ponto um homem chega, para querer machucar uma criança, que apenas queria brincar com a sua bolinha de gude? A sua alma genuína fora afetada de um jeito horrível, ele era uma criança que mal conhecia um alemão e que nem merecia ser tratado daquele jeito.

Portanto, a leitura desta obra é importante para que sirva de exemplo às futuras gerações, para que elas aprendam com os terríveis erros do passado e desenvolvam um futuro melhor. Qualquer livro que aborde este tema traz e sempre trará lições de vida que precisamos passar para os nossos filhos. Assim, reforçando o senso de comunidade que o ser humano deve ter e honrar aqueles que morreram em nome daquilo que eram.

Teresa Sofia Wittmann Bauer Estudante do Curso Técnico de Eletrotécnica Fundação Liberato

Teresa Sofia Wittmann Bauer
Estudante do Curso Técnico de Eletrotécnica
Fundação Liberato

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