PROJETO MEETÃO RESENHA

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O isolamento social está se prolongando e as pessoas se sentem cansadas dessa espera. Estabelecer uma rotina em casa não é fácil para se tornar produtivo. Devido a isso, muitos alunos sentem-se esgotados pela sensação de vazio nos dias e pela falta de motivação de fazer as tarefas da escola e da casa.

A saudade da interação face a face tem dominado os dias da galera. A necessidade de retomar alguma normalidade é um desafio. Assim, eventos que aproximem e favoreçam a interação parecem ser essenciais nesse período.

Ao receber proposta de uma Festa Junina Online pelos coordenadores dos grupos de teatro, Arthur Leie e Bárbara Strhschein, percebi que todas as etapas para organizar a festa e divulgá-la, além das atividades propostas na mesma, foram essenciais para os alunos e um sucesso de participação. A festa atingiu mais de 200 alunos e prolongou-se em quase quatro horas. A realização de “Meetão Resenha” temático e periódico surgiu durante a realização do Meetão Junino, junto com aqueles que ficam por último, denominados “aleatórios na vida”, para um bate-papo após o evento.

Assim, o grupo de organização do Meetão foi se constituindo com a participação dos Voluntários de Mídias, da bibliotecária Carla Casagrande e do Maestro Josimar Dias da Silva. De junho para cá fizemos o Meetão Junino, o Meetão Anos 70, o Meetão Anos 80 Intergalático e o Meetchê, o Meetão Gaudério. Participam da iniciativa os alunos, seus familiares e convidados da comunidade que enriquecem a reunião, trazendo suas contribuições artísticas no evento.
A organização de cada Meetão Resenha e sua programação ocorre com a coordenação do Grupo de Teatro que, junto com os participantes fiéis, por contato em whatt e em reuniões, organizam as atividades. Cada Meetão convida os participantes para encaminharem mensagens de afeto e azaração, apresentações literárias e musicais, brincadeiras com premiações, retomada histórica do tema, além do figurino e ambiente produzido pelos participantes.

O Meetchê trouxe o pessoal do Sextou que agora jura que estará conosco em todas as resenhas daqui para frente.

Agora, apresentamos aqui alguns depoimentos desses encontros que foram daora!

Maria Emília Lubian Professora de Língua Portuguesa e Literatura 1ª Série do Curso de Eletrotécnica e de Eletrônica Fundação Liberato

Maria Emília Lubian
Professora de Língua Portuguesa e Literatura
1ª Série do Curso de Eletrotécnica e de Eletrônica
Fundação Liberato

 


O projeto do Meetão conseguiu reunir todas as pessoas especiais que tínhamos na escola em um só lugar, independente de curso, ano, e função na escola. Os voluntários de Mídias trabalharam no processo de criação e divulgação do evento e isso fez com que nos aproximássemos mais durante esta pandemia, principalmente com os membros novos no projeto de voluntários. É bom saber que, no meio dessas incertezas, ainda temos uns aos outros e podemos confiar na escola para nos apoiar.

Andriele Joras dos Santos Estudante do Curso Técnico de Química Fundação Liberato

Andriele Joras dos Santos
Estudante do Curso Técnico de Química
Fundação Liberato

 

 


 

 

Sou designer gráfico, especializado em projetar meios de comunicação visuais, através de artes digitais como logotipos, panfletos, capas e animações, a fim de expressar um conceito ou uma ideia.

Recentemente, comecei a fazer as artes para o evento online Meetão, (anexadas abaixo), que além de me trazer satisfação pessoal, é possível aperfeiçoar minhas habilidades como designer e também adquirir experiências no ramo. Inclusive participo do grupo de teatro e ajudo meus colegas no possível, para que tudo ocorra corretamente durante o evento.

Afonso Campos de Souza (18 anos) - 2° ano da Mecânica - Voluntários de Mídias - Teatro

Afonso Campos de Souza (18 anos) – 2° ano da Mecânica – Voluntários de Mídias – Teatro

 

 


Participar do Meetão é sempre muito divertido, sendo apresentando ou só assistindo, ajuda a gente a fugir um pouco da realidade e nos divertirmos com música boa e muitas risadas. Consegui fazer novas amizades, conhecer novas pessoas, não só do meu curso como da escola inteira e, com certeza, aceitar o convite do Meetão foi uma das melhores coisas, receber o carinho dos organizadores e das pessoas assistindo não tem preço. Até convidei meu pai pra participar e ele adorou a nossa “vibe”, já queremos participar mais vezes.

Luísa Pi Corrent Brito (16 anos) - 2° ano da Eletrotécnica

Luísa Pi Corrent Brito (16 anos) – 2° ano da Eletrotécnica

 

 


A nossa rotina de estudante é sempre muito repetitiva e, por vezes, cansativa. Certa vez, a professora Maria Emília me chamou no Whatsapp pedindo que eu entrasse urgentemente em uma videochamada. Chegando lá, fui convidado para ser padre, era o Meetão Junino e eu faria a cerimônia de casamento. Dei muitas risadas naquela reunião de organização e confirmei a ideia de ser o tal padre.

Desde então, faço parte da equipe do Meetão e é uma experiência incrível! Muitas vezes estou cansado e, até mesmo, desanimado para tudo, mas poder ver e participar de atividades tão bacanas é o que levanta o meu astral. Poder ver que as atividades desenvolvidas pela nossa equipe satisfazem o público, quebrando o tédio rotineiro, é muito bom!

Além disso, faço parte do grupo denominado Aleatórios na vida que a professora Maria Emília criou em homenagem aos que permanecem na reunião do Meet, após o término do evento. Esse é o segundo momento encantador da noite: fazemos novas amizades e conversamos muitas coisas aleatórias com um pessoal diferente. Sem dúvidas, para mim, é um orgulho poder fazer parte de uma atividade cultural tão maravilhosa, ou melhor, incomensurável!

Rael de Oliveira (17 anos) - primeiro ano da Eletrotécnica – Voluntários de Mídias

Rael de Oliveira (17 anos) – primeiro ano da Eletrotécnica – Voluntários de Mídias

 

 


 

 

Quando a ideia do primeiro Meetão surgiu, eu jamais havia imaginado que tomaria a proporção que tomou. O que era para ser uma brincadeira entre os grupos de teatro acabou contando com mais de 200 alunos participando e se divertindo com a gente. E eu não poderia ter ficado mais feliz com isso. Mesmo que o Meetão, de certa forma, seja uma responsabilidade minha como coordenadora do teatro, não encaro dessa forma, pois da mesma maneira que ele vem sendo um momento de escape de tudo que está acontecendo para muitos alunos e professores, ele também está funcionando dessa forma para o pessoal que cuida do por “de trás das câmeras”. Todo o processo é um momento de deixar a criatividade rolar e bolar as mais fantasiosas atividades para entreter a galera. Às vezes, temos algumas pequenas dores de cabeça ao longo do trajeto, mas, no final, sempre acaba valendo a pena, ainda mais quando tu recebes mensagens do tipo “eu estava precisando disso”, “foi o melhor momento da minha semana”, “me fez esquecer tudo de ruim que está acontecendo” e acaba percebendo o quão importante o Meetão se tornou, não só como uma brincadeira do grupo de teatro, mas como um momento de escape para o pessoal da Liberato. Durante os quatro Meetões realizados (até agora) eu pude conhecer tanta gente nova, ser tantos personagens e passar cada vergonha (aqueles que presenciaram a dança do acasalamento do Meetão Intergaláctico irão entender), e sou eternamente grata pelo Meetão ter trazido essa corzinha no meio desse momento tão difícil para todos.

Bárbara Strhschein (18 anos) - terceiro ano de mecânica - Coordenadora do Grupo de Teatro

Bárbara Strhschein (18 anos) – terceiro ano de mecânica – Coordenadora do Grupo de Teatro

 

 


Bom, eu sou Bibliotecária na Escola, adoro um agito e uma juntação de gente (nem que seja virtual, né?! kkkkk). Se eu já estava louca por uma festa, imagina essa gurizada! Como negar fogo?! Festa? Bora lá! Fizemos um rol de sugestões temáticas e, na sequência, um sorteio. O tema sorteado foi o Meetão Anos 70. Foi uma brasa, mora?!

A segunda festa foi a que a Maria Emília estava desesperada (kkkkk) para fazer desde o começo: Intergalática. Foi muito dez! Nesta, a gente interagiu muito pelo Face, com duas brincadeiras: a) o que tu achas que não poderia deixar de ir para o espaço, representando o Planeta Terra; b) a outra foi a brincadeira do pique-nique, em que o pessoal tinha que ir tentando acertar o que levar pro pique-nique, baseado em uma regra de lógica que só eu sabia, inicialmente. Nos divertimos horrores!!!

Não posso deixar de registrar a presença de um amigo alienígena, o Stevie, uma obra de Chico Prado (gracias!), o meu estilista de fantasias (Malévola e Rainha de Copas também).

Ah, e para contribuir com os protestos organizados pelo Grêmio de mudar a premiação com entrega de lanches, e porque eu achava que as premiações poderiam ser mais simbólicas ou artesanais, fiz um mimo para cada aluno que interagiu nas nossas brincadeiras, independentemente de terem acertado ou não a regra do jogo. E preparei sorteio de quatro brindes para amigos, que, felizmente, não resistiram e vieram se divertir com a gente.
Segue a minha seleção de imagens que ilustram parte desses momentos maravilhosos!

 


O Meetão surgiu de uma ideia, não sei de quem, de fazer uma festinha junina online entre os grupos de teatro da Fundação, algo realmente muito simples, sem nada de mais. Na mesma época, a professora Maria Emília almejava (almejava kkkkk) fazer uma festa junina que envolvesse maior parte da comunidade escolar, então, nos informou que ou seria pra todo mundo ou para ninguém, eu tomado pela rebeldia pensei “Não vou fazer m***** nenhuma!!”. Alguns segundos após meu ataque de lombrigas, eu decidi que faria um evento show de bola para todo mundo, já estava mais do que na hora, “Imagina, todo mundo trancado e depressivo dentro de casa, quem namorava nem beijar direito podia… Que horror!”.

Então, começou a correria, em três dias tudo tinha de estar pronto. Naquele dia, saí correndo (sentido figurativo, né? Kkkkkk) e chamei a Bárbara e a profa Maria Emília, que, por sua vez, chamou a Carla Casagrande (que nos ajuda de forma descomunal desde o princípio) e Andriele Joras dos Santos (Lê-se AJ), que criou uma imagem para a divulgação da festa. Enviamos a imagem para as turmas ( bem informal, cada um mandava para seus amigos), junto da imagem enviamos um áudio no qual eu, ou melhor, um caipira, convidava todos para o evento, anunciando um casamento na roça -organizado lindamente pela Bárbara-, muitas apresentações músicas do pessoal da escola (dizem as más línguas que Mary Emilly prometeu passar todos eles de ano-, alguns concursos (com prêmios) e, por fim, a cereja do bolo, um canal para declarações amorosas -fiquei responsável por esse-. O evento foi muuuuuuito legal, tivemos um retorno bem bonito do pessoal.

Bom, depois disso tudo, pegamos gosto pela coisa e começamos a organizar outros “meetões” temáticos, sempre com ajuda de alunos e professores incríveis. Com o tempo, algumas coisas foram mudando, como os prêmios! – Na primeira edição, enviamos comida para os ganhadores dos concursos, porém, paramos com o intuito de apoiar o GEM em alguns protestos e começamos a tirar os prêmios de outro lugar… MOMENTO MERCHANT, sigam o @medivulgaliberato no Instagram, uma página, organizada por mim com ajuda de amigos, pessoas maravilhosas que doam seu tempo, com o objetivo de divulgar o trabalho de pessoas da comunidade escolar, já que muitas perderam seus empregos e agora vivem de seus pequenos negócios. É do @medivulgaliberato que os prêmios estão saindo.

P.s.: Vou deixar algumas da minhas imagens favoritas do Meetão.

 

 


Minha rotina sempre foi bem corrida e agitada, porém a quarentena mudou um pouco isso, e de uma pessoa que só ficava em casa, no máximo, dez horas por dia, me tornei umas das milhões de pessoas que foi obrigada a ficar praticamente 24 horas por dia em casa.

No começo, isso me abalou um pouco; então, procurei novas formas de me relacionar com meus amigos, familiares e de ocupar a cabeça. Uma dessas boias que me jogaram quando eu estava me afogando na quarentena foi o Meetão e quem a lançou em minha direção foi a professora Maria Emília, que certa vez, me mandou mensagem perguntando se eu poderia ler um poema no Meetão junino e quando me dei conta já fazia parte da equipe de organização do Meetão.

Quando estou triste e frustrada pensando em tudo que eu pretendia fazer neste ano e não consegui, lembro que 2020 me trouxe algumas coisas boas, como os Meetões, que me deram a oportunidade de fazer coisas diferentes, conhecer e conversar com pessoas novas, me apresentar e ajudar outras pessoas que estavam passando pelo mesmo que eu a ocupar suas mentes.

Além disso, também participo do grupo Aleatórios da vida como denominou a professora Maria Emília formado por pessoas que, após os Meetões, permanecem na chamada conversando sobre diversos assuntos muito aleatórios. No último fiquei impressionada em como é divertido conversar por horas com pessoas que nunca vi, sobre vários assuntos da vida.

Sou extremamente grata em fazer parte desse evento cultural incrível que dá cor a essa quarentena tão cinza!

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