RESENHA DO FILME “SOUL”

17-maior

Gabriella Luísa Schmidt
Estudante do Curso Técnico de Eletrônica da Fundação Liberato, turma 4423

“Soul” é mais uma animação da Pixar Animation Studios. O longa-metragem americano foi dirigido por Pete Docter, famoso por dirigir outros grandes filmes como “Up – Altas Aventuras” e “Divertida Mente”. O filme, ao longo de 1h40min de duração, conta a jornada de Joe, um professor de música que, quando está prestes a realizar seu maior sonho, sofre um acidente e é levado para o Pré-Vida — lugar onde as almas adquirem suas características antes de irem para a Terra — e faz de tudo para retornar ao seu corpo a tempo de realizá-lo. Lançado no final de 2020, a animação recebeu dois prêmios no Oscar 2021: Melhor Filme de Animação e Melhor Trilha Sonora.

Joe Gardner, narrado por Jamie Foxx, é um professor de música frustrado que sonha em tocar na melhor casa de jazz de Nova York, cidade onde mora. Quando esse sonho está muito perto de se tornar realidade, Joe sofre um acidente e percebe que está morrendo, sua alma se separou do seu corpo e está se direcionando à luz. Inconformado que irá perder a vida antes de realizar o seu maior desejo, ele corre na direção oposta à luz e chega a um lugar chamado Pré-Vida. Lá ele descobre uma maneira de retornar para o seu corpo e realizar o seu sonho, e para isso ele precisa ajudar uma nova alma, a alma 22, a encontrar sua missão de vida.

O filme se diferencia de todas as animações que conhecemos, contando com vários personagens negros, inclusive o protagonista. E embora Soul seja uma comédia e tenha várias cenas engraçadas proporcionadas principalmente pela alma 22, arrancar risadas dos espectadores não parece ser o objetivo principal do longa-metragem. A animação propõe uma importante reflexão sobre como vivemos nossas vidas e condicionamos a nossa felicidade apenas ao resultado final e não aproveitamos o processo.

Outro aspecto que chama atenção na obra é o trabalho impecável da equipe de animadores pela delicadeza da criação das almas — nas quais podemos perceber, de maneira muito discreta, a presença de todas as cores do arco-íris — e pela representação das ruas de Nova York, devido ao realismo proporcionado por seus traços e pelos efeitos sonoros. Por fim, não podemos deixar de falar da ótima trilha sonora do filme, que é cheia de jazz do começo ao fim, ilustrando muito bem a paixão do protagonista e se diferenciando ainda mais dos outros filmes infantis.

Soul encanta desde as crianças aos adultos. O filme nos faz refletir sobre a vida e incentiva a focar menos no resultado final e aproveitar mais as pequenas coisas que acontecem no processo, o que frequentemente esquecemos. Além disso, o longa-metragem traz a representatividade de personagens negros que em pleno século 21 ainda é bastante rara, muito importante principalmente para as crianças.

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