Em meados de 2012, o desenvolvedor independente e até então desconhecido Eric Barone começou a trabalhar no jogo que se tornaria um dos mais populares do mundo entre os jogadores casuais: Stardew Valley. Sob o pseudônimo ConcernedApe e motivado pelo desejo de encontrar um título que se assemelhasse ao jogo de simulação de fazenda japonês Harvest Moon, Barone desenvolveu cada elemento do jogo durante 4 anos, documentando o processo em seu blog pessoal. Tanto a arte, os personagens e a história, quanto os efeitos visuais, a trilha sonora, a programação e a jogabilidade foram produzidos inteiramente por Barone e, antes mesmo de seu lançamento, em 2016, Stardew Valley já tinha conquistado uma legião de fãs.
Apesar de não ter sido desenvolvido por uma grande empresa, Stardew Valley fez sucesso imediato, recebendo críticas extremamente positivas e alcançando o marco de 400.000 cópias vendidas pela plataforma de distribuição de jogos digitais Steam em duas semanas. Atualmente, o jogo conta com mais de 15 milhões de cópias vendidas e é compatível com múltiplas plataformas, como Windows (Microsoft), iOS (Apple), Android (Google), Xbox (Microsoft), Playstation (Sony) e Switch (Nintendo).
O jogo possui uma premissa inicial simples, com a estrutura já conhecida de outros jogos que compartilham o gênero simulação e fazenda: o jogador cria seu personagem da maneira que preferir e é apresentado à história, à jogabilidade e a alguns personagens. Já dentro do jogo, descobre que herdou uma fazenda bagunçada que pertencia ao seu avô, na cidade de Pelican Town, e agora deve reconstruí-la e tomar conta de tudo. Apesar disso, o jogo é completo e cheio de qualidades particulares, possui várias áreas no mapa para explorar, personagens com quem podemos fazer amizade e até casar, várias plantas diferentes que conseguimos regar, colher, cozinhar ou vender, e habilidades que podemos desenvolver, como cultivo, pesca, coleta, mineração e combate.
Junto disso, há também uma história principal repleta de detalhes que progride com o passar do tempo e com o desenrolar das nossas ações no jogo, interferindo no caminho de toda a cidade e de seus habitantes, além de pequenas histórias secundárias e particulares contadas por cada personagem que somos convidados a conhecer. Entretanto, os aspectos que mais me encantaram e também encantaram a maioria dos jogadores foram a dedicação e o empenho do criador ao desenvolver a jogabilidade divertida e acessível, gráficos graciosos e detalhados, uma trilha sonora suave e agradável, cenários atraentes, várias histórias curiosas e interativas e personagens cheios de personalidade e carisma, mesmo em gráficos pixelados 2D!
Além das milhares de críticas positivas e dos jogadores ao redor do mundo aproveitando a experiência trazida pelo jogo, um caso otimista chamou atenção da comunidade gamer. O site de notícias e avaliações de jogos Game Informer publicou uma análise escrita por Elise Favis intitulada Understanding Autism Through Stardew Valley, que apresenta como a autora do texto conseguiu compreender melhor a condição de seu irmão autista ao observá-lo jogando o RPG de fazenda Stardew Valley.
Stardew Valley, além de um jogo, é uma experiência relaxante e encantadora e é indicado para todas as pessoas, jogadoras e não jogadoras, que desejam vivenciar, mesmo que apenas por alguns instantes, uma vida campestre simples e calma, rodeada de animais amorosos, personagens diferentes e divertidos, muitas missões e áreas para explorar e alguns mistérios intrigantes para desvendar, tranquilamente descobrindo e conhecendo cada vez mais o cativante universo de Stardew Valley.
Parabéns ! Apesar de não entender mto bem deste tipo de jogo…a crônica foi mto clara e de fácil entendimento. Mesmo sem jogar…mtos dos meus alunos eram apaixonados pelo jogo da fazendinha.
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