Com o bater do relógio
Eu me perco no caminho
Tenho medo de me atrasar
Ou de terminar sozinho
As horas passam sem dó nenhum
Não param por quem se perde
Não perdoam o inerte
Não se importam com ninguém
O tempo corre com as memórias
Tira-as das pessoas que eu vi
Esquecem de quem um dia já fui
Tudo o que fiz não será lembrado
Não me dá tempo pra pensar
Se eu penso já estou atrasado
E apenas quero descansar
Para lembrar do passado
Tantos sorrisos e abraços
Beijos lentos e molhados
Cada peça da memória
Carregada pelo riacho
Os dias já estão se acabando
Conexões irão se cortando
O desconhecido me assustando
Não quero me perder nisso
Nesse escuro infinito
Só segura na minha mão
Me dê esse calor necessário
A luz pela qual suplico
Pois quando o tempo acabar
Quero só estar contigo
Ricardo Mozarth da Silva de Lima Filho
Estudante do Curso Técnico de Eletrônica
Fundação Liberato