Minha pele tem as marcas
em que sinto o Coração;
emoções, que aqui se mostram,
não se mostram como são.
Epiderme com estrias,
epitélio em suas cores,
tatuado pela vida,
pela vida e suas dores.
No tocar, carinho à noite,
mais prazer encontro à mão;
minha pele tem as marcas
em que sinto o Coração.
Minha pele tem as rugas
do rio-tempo em ação;
no tocar, carinho à noite,
mais saber encontro à mão;
minha pele tem as marcas
em que sinto o Coração.
Não me peçam que eu esconda
minha pele, rosto e mãos,
emoções, sinais e rugas
do rio-tempo em ação,
pois habito nessas marcas
onde sinto o Coração.
Elenilto Saldanha Damasceno Professor de Língua Portuguesa Fundação Liberato