Corpos que habitam nas noites, levados (pelo destino) até aquela penumbra.
Questiono-me sobre suas histórias. Histórias que, com certeza, revelam batalhas, grandeza, libertação, crueldade e coragem.
Lembro-me daquela música, Gangsta’s Paradise, by Coolio, saying “I can’t live a normal life, I was raised by the street”.
Então, trocou-se a crueldade familiar pela crueldade das ruas, e a violência vira afeto diário.
Mas quero.
Quero embalar-lhes em um manto e dar-lhes luxuosidade.
O corpo é sagrado e, assim, desejo-lhes descanso de alma.
É uma pequena prece não religiosa, mas de bom coração, de choro involuntário e de empatia tóxica. É uma prece pra tudo aquilo que eu não posso controlar, mas que jamais poderia ignorar.
Desejo que o corpo seja respeitado e acalentado. Que a alma descanse e se delicie.