O filme The machinist – O operário, dirigido por Brad Anderson, tem um enredo repleto de suspense e mistério. O roteirista Scott Kosar trouxe uma história em que vemos como um sentimento gerado por uma ação pode, de forma lenta, “destruir” um trabalhador. As cenas do filme, que foi produzido principalmente na cidade de Barcelona, na Espanha, já nos passam uma ideia de mistério, pela forma como são apresentadas, trazendo cores mais frias e uma trilha sonora calma e misteriosa.
A obra conta-nos o cotidiano de Trevor Reznik (interpretado pelo ator Christian Bale), um funcionário comum de uma fábrica, que se vê em condições bastante singulares, causadas por uma insônia que dura aproximadamente um ano. No desenrolar da história, vemos que, por um descuido de Trevor no trabalho, um colega se fere gravemente, e esse acontecimento se torna o estopim para Trevor que, uns dias antes do acidente, começou a apresentar alucinações com um colega de trabalho que, na verdade, não existe.
O filme leva-nos a pensar a que ponto a mente de um trabalhador pode chegar; nele, vemos que os funcionários trabalham em um ambiente bastante estressante, onde não conseguimos observar a presença da Segurança do Trabalho na empresa. O ápice ocorre quando Trevor, consumido pela culpa do acidente, tem um surto no ambiente de trabalho, do qual, posteriormente, ele acaba sendo demitido. Nessa cena, o personagem não apresenta apenas uma expressão de cansaço, mas também sinais físicos ocasionados pela sua insônia; nessa representação, fica clara a ausência de um profissional de Segurança do Trabalho, pois nos primeiros sinais de mudanças físicas e/ou psicológicas que o funcionário apresentasse, o profissional já deveria prestar mais atenção nele, por meio de conversas e, havendo necessidade, da indicação para buscar uma ajuda mais especializada.
Eduarda Catarina da Silva
Turma 29231
Fundação Liberato