As piscinas da Fundação

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Dentre todos os benefícios que a Fundação Liberato tem para oferecer, as piscinas eram o mais comentado entre os alunos.

Na minha primeira semana, os veteranos vinham se apresentar e já aproveitavam para indicar a matrícula para usufruir o local aquático. Todos eles reforçavam o quão vantajoso era fazer o plano anual. Segundo o que diziam, bastava assinar a carteirinha, trazer um comprovante de vacinação e pronto, o acesso para vir nos turnos inversos estava liberado.

Fiquei entusiasmada com as divulgações. Perguntei para algumas pessoas onde ficavam as piscinas, mas obtive sempre a mesma resposta:

— Logo ali.

Decidi, então, ir atrás. Fui até o SAE para questionar sobre o processo de inscrição. As secretárias olharam-se e riram somente. Saí de lá enlouquecida; por que diabos ninguém me dizia onde ficavam e como fazer para ter acesso às piscinas?

Tive a brilhante ideia de sair a andar sem rumo para procurá-las, mesmo sem conhecer a escola direito. Dei umas três voltas inteiras, até ter certeza de que eu já havia passado naquele lugar outras duas vezes. Infelizmente, não encontrei nada, nem mesmo uma poça perdida que eu pudesse considerar uma “piscina”.

Já não aguentava mais andar em círculos, até que avistei um velhinho sentado ao lado do portão, o qual me parecia bem experiente. Ele era minha última esperança de conseguir uma resposta. Então, perguntei-lhe gentilmente:

— Com licença, o senhor sabe me informar sobre as piscinas da Fundação?

Ele riu e me respondeu:

— Elas não existem, são apenas uma invenção do povo para enganar os novatos, assim como você.

Não quis acreditar no que eu tinha acabado de ouvir. Fiquei dias a quebrar a cabeça à toa? Gostei! Ano que vem, será a minha vez de enganar os bixos.

Kamile Kirst Heylmann Turma 4223 Fundação Liberato

Kamile Kirst Heylmann
Turma 4223
Fundação Liberato

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