De Estagiário a Professor: a realização de um sonho

 

A minha história como professor na Liberato começou junto com o meu desejo de ser educador. Depois de eu ter me formado em Ciência da Computação na Feevale, em 2002, parei por sete anos de estudar, para curtir o meu casamento e para poder acompanhar o desenvolvimento de minha filha, Maria Eduarda. Mas, a vontade de voltar aos bancos escolares estava muito forte para que, então, pudesse realizar o sonho de ser professor, de poder ser um agente de transformação e passar meus conhecimentos e experiências, para fazer a diferença na vida dos alunos que passassem pelo meu caminho. Nesse período, fiquei sabendo que a Feevale tinha um curso de Formação Pedagógica para Docentes para a Educação Profissional, na modalidade semipresencial. Percebi a oportunidade, fiz a matrícula e realizar o curso foi muito bom, até porque não precisei ficar, no início, muito tempo fora de casa. Desse modo, pude estudar em casa, nos dias em que não havia aulas presenciais.

O primeiro obstáculo surgiu com a exigência do curso em ter uma escola para fazer os estágios no período de três semestres. Fiz um levantamento de todas as escolas de ensino técnico de Novo Hamburgo e da região nas quais eu poderia fazer o estágio. Aí pensei, vou mandar um e-mail para a Liberato, e foi isso que eu fiz. Mesmo assim, não tinha muita esperança que desse certo. Pouco tempo depois, recebi um e-mail, dizendo que eu poderia ir até o Centro Pedagógico para conversar com a sua Coordenadora, que, na época, era a professora Marilise Poeta. Fui recebido maravilhosamente bem por ela e pela professora Mirela Stoll, na época, supervisora pedagógica do Curso de Eletrônica. Elas logo se prontificaram em me ajudar e juntas, conseguiram uma disciplina para eu estagiar, Elementos de Programação II, ministrada pelo professor Lucas Gutkoski. Desde que cheguei à Liberato, sempre fui tratado com muito respeito por todos na instituição, sentia como se estivesse em casa. Durante o tempo em que estagiei na Liberato fiquei sabendo que haveria um concurso para professores e eu resolvi me inscrever. Fiz o concurso, mas, por não ter ficado em primeiro lugar, pensei que não seria chamado.

Depois de me formar no Programa Especial de Docentes da Feevale, fui dar aulas no Colégio Santa Teresinha, em Campo Bom, no curso “Técnico em Informática” noturno, estava lá já há um ano, quando em novembro de 2011, vi, durante a aula, que eu havia recebido uma ligação da Liberato. Era o Professor André Lawish, coordenador do curso Técnico de Informática para Internet, avisando que a minha hora tinha chegado, pois eu seria o próximo professor a ser chamado para assumir na Liberato. Quase morri de emoção, pois eu queria muito ser professor da Fundação Liberato, mas eu já nem cogitava mais essa possibilidade. Foi uma expectativa muito grande até eu começar a trabalhar no dia 25 de fevereiro de 2012, mas, para mim, esse retorno teve além de um gosto vitória, de volta para casa. Eu espero do fundo do meu coração que esta relação seja muito boa e duradoura.  Uma única tristeza que eu carrego é não poder ter agradecido à professora Marilise Poeta, pois foi uma das primeiras coisas que eu gostaria de fazer, mas, quando fui procura-la, fiquei sabendo que, infelizmente, ela não está mais entre nós. No entanto, tenho certeza de que ela ficaria muito contente com esta minha vitória, por ser ela a pessoa tão maravilhosa que eu tive a sorte de conhecer e fazer parte da minha história na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano da Cunha.

* Relato integrante do Projeto Trajetórias de Vida – GT Trajetos

Márcio Leandro Souza Momberger Professor da Fundação Liberato

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Professor da Fundação Liberato

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