Como assim, a Fundação Liberato na Antártica? Sim!
Em uma aula diferenciada, os alunos do segundo ano do Curso Técnico de Química (1223), em novembro de 2013, viajaram, virtualmente, para o continente gelado. Foi durante uma aula de Biologia que contei a eles as experiências vivenciadas durante a coleta de dados do pinguim-antártico (Pygoscelis antarcticus) para realizar minha pesquisa para a tese de doutorado. Além do relato das experiências, mostrei a eles características geográficas e históricas dessa região remota. Mas não parou por aí!
Lancei o desafio de participarem de um projeto em comemoração ao Dia da Antártica, festejado sempre no dia 01 de dezembro. O projeto é parte das atividades da APECS-Brasil (Associação de Pesquisadores e Educadores em Início de Carreira sobre o Mar e os Polos), da qual faço parte da Diretoria Executiva e cuja principal função é a difusão da ciência. Mas que atividade foi essa?
De maneira individual ou em duplas, os alunos confeccionaram desenhos que representassem o ambiente antártico. Para essa atividade, usaram diferentes técnicas artísticas, como aquarela, colagens, uso da massa de modelar, desenhos em pontos… Vejam como ficaram as obras da turma no link da rede social da APECS-Brasil com o álbum de fotos dos desenhos da turma:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.569000733168929.1073741840.335036159898722&type=1
Mais! As obras 
dos alunos foram para a Antártica na bagagem de colegas pesquisadores durante a XXXII Operação Antártica Brasileira, com direito a muitos registros gelados!Vejam:
https://www.facebook.com/APECSBrasil/photos_stream
No dia 01 de dezembro de cada ano, é comemorado o Dia da Antártica em virtude da data de assinatura do Tratado da Antártica, em 1959, em Washington, inicialmente por 12 países. Hoje são 50 países signatários, dos quais 29 são Membros Consultivos por serem signatários originais ou por conduzirem pesquisas científicas no Continente Antártico. 21 países são Membros Não Consultivos, são convidados a participar de reuniões de consulta, mas não participam da tomada de decisões. A adesão do Brasil ocorreu em 16 de maio de 1975 e é Parte Consultiva.
Nos seus 14 artigos, o Tratado estipula que a Antártica só pode ser utilizada para fins pacíficos, congelando disputas territoriais e garantindo a liberdade para a realização de pesquisas científicas. Promove também a cooperação científica internacional, incluindo a troca de informações sobre pesquisa e pessoal, exigindo que todos os resultados estejam disponíveis livremente. Além disso, prevê reuniões periódicas entre as Partes para analisar as medidas que possam contribuir para os objetivos do tratado, estabelecendo mecanismos de soluções de controvérsias e emendas ao tratado. Em 2014, o Brasil sediará, em Brasília, a XXXVII Reunião Consultiva do Tratado da Antártica (ATCM) entre os dias 28 de abril e 07 de maio.
Paralela a essa reunião em Brasília, ocorrem diversas atividades de divulgação científica sobre as pesquisas brasileiras na Antártica e principalmente sobre o Tratado da Antártica, realizadas por membros ativos da APECS-Brasil em todo território nacional (Jornada da Ciência Antártica). Lembrando que nós, pesquisadores, somos os responsáveis pela difusão dos conhecimentos científicos, promovendo a livre disposição das observações e resultados, como prevê o Tratado, mas também para o público não científico.
Quer saber mais sobre a participação ativa do Brasil na ciência Antártica e sobre o Tratado da Antártica ou Protocolo de Madri? Acesse:
https://www.mar.mil.br/secirm/proantar.htm
http://www.biologia.ufrj.br/inct-antartico/
http://atcm37.antarcticabrazil.gov.br/pt_br/sobre-o-evento/sobre-o-tratado
E você quer ser Membro Participativo da APECS-Brasil e contribuir com a difusão da ciência na educação do nosso país? Veja informações:
https://www.facebook.com/APECSBrasil?fref=ts
E também, venha conversar comigo! Podemos ter ótimos diálogos e troca de ideias bem produtivas!
Jaqueline Brummelhaus – Dra. em Biologia – Professora – Fundação Liberato