Cabeça infinita.
Dinossauro rasante, coberto de tempo.
Camadas de terra pairam no ar.
Pincéis de Marta reviram delicadas camadas.
Descobertas assombrosas revelam quase tudo.
Grãos de areia de um deserto amarelo trazem dunas de preocupações.
Noites quentes quebram o bloco de mármore e surge gente escondida na pedra.
Livres do bloco voam sem direção.
Olhares profundos e penetrantes estão ali.
Músculos contorcidos revelam-se, um a um.
Curvas acentuadas expressam e surpreendem.
Conversas e cochichos no ar esperam a magia das mãos de Camile.
De súbito, tudo se quebrou e uma Claudel viveu dentro do mármore por 30 anos.
Sanatório francês, repleto de pedra.
O que era sensibilidade emudeceu.