Ao iniciar as atividades do ano letivo e motivar os alunos para os estudos, foi apresentada a obra “Aprendendo Inteligência”, do Prof. Pierluigi Piazzi. Esse é o segundo ano em que a leitura é recomendada para as turmas de 1ª séries na disciplina de Língua Portuguesa devido à necessidade de qualificar os alunos para hábitos de organização escolar e de rotina de estudo. A obra integra a coleção Neuroaprendizagem na qual o autor aborda, de forma prática, várias estratégias para aprender inteligência.
Segundo Pier, por muito tempo, havia a crença de que a inteligência seria uma característica inata, porém as descobertas da neurociência mostraram que o raciocínio, o talento e a vocação são características que podem ser desenvolvidas com um pouco de esforço. O professor compara a maneira como os alunos são estimulados a estudar e como deveriam encarar os estudos para aprender de maneira mais eficiente e aproveitar melhor o tempo. Também aponta as armadilhas provocadas pelos estímulos do mundo contemporâneo que podem comprometer esforços para se tornar mais inteligente.
Dessa forma, a partir da leitura da obra, os alunos elaboraram textos nas aulas de Língua Portuguesa, em que analisaram os aspectos essenciais do método apresentado pelo Professor Pier, refletindo sobre o estudo e as possíveis adequações de suas ideias na sua rotina de estudante. Para ilustrar esse estudo, apresentamos dois textos de alunos da turma 2111, do Curso Técnico de Eletrotécnica.
Maria Emília Lubian Professora de Língua Portuguesa e Literatura Fundação Liberato
Decorar ou aprender?
É possível notar os estudantes preocupados com provas e trabalhos escolares, estudando conteúdos até de madrugada para uma prova na manhã seguinte, mas esse conteúdo fica guardado em suas mentes? Os alunos estão realmente aprendendo?
Os jovens não estudam mais para aprender, pois eles não são incentivados a isso, o que importa é passar. Passar na prova, passar de ano, passar na faculdade. Mas para quê? Para ter um currículo dizendo que você sabe algo que, na verdade, não sabe? O que interessa não é o diploma e, sim, o conhecimento adquirido na jornada para obtê-lo. Se o estudante decorou conteúdos com uma data de validade que acaba depois da prova, então, parece estar “tudo bem”. Mas, dessa forma, não aprendeu nada, pois nada ficou guardado na sua cabeça.
O professor Pier, em seus livros e palestras, tenta sempre passar a maneira certa de estudar. “Estude um pouco todo dia, não apenas antes de provas e trabalhos”. O conteúdo fica guardado na cabeça antes da prova, você precisará, no máximo, revisá-lo, são palavras do Professor Pier.
Você se lembra do conteúdo que aprendeu no mês passado? Caso não se lembre do que estudou, não houve aprendizagem, apenas decorou, infelizmente. Conhecimento que não se perpetua não é conhecimento.
Eduardo Matheus Palini
A importância do Saber
A cada dia, o mercado de trabalho está mais concorrido. Vagas em empresas que antes surgiam para três funcionários, agora são apresentadas apenas para um. Cargos específicos em uma empresa foram substituídos por máquinas de última geração, os sistemas de informação são via internet, não necessitando de muitos empregados para realizar o mesmo trabalho. De que maneira é possível sobreviver nessa realidade?
Com uma colocação no mercado cada vez mais difícil para o brasileiro, diplomas e títulos não são suficientes para conseguir uma vaga. A inteligência, a cultura e a criatividade conquistadas não só em seus anos de estudo vêm em primeiro lugar. Esses valores podem ser adquiridos pelo estudante, a partir de alguns passos essenciais para o verdadeiro aprendizado, segundo o Professor Pier, autor da obra “Aprendendo Inteligência”.
Acreditar em seu estudo, em seu aprendizado e, consequentemente, em seu sucesso é fundamental para a sua vida profissional. Nesse sentido, o estudante concluirá que é possível chegar aonde quiser com seu conhecimento. A positividade dos pensamentos do jovem é que influencia as suas aspirações. Se acreditar que pode fazer, aprender ou conquistar algo, possivelmente o fará.
Para ir além, precisa estudar, mas não muito. Segundo o Professor Pier, a inteligência é adquirida com qualidade e não com quantidade. Todos os dias um pouco, sem deixar para a última hora ou para a véspera da prova.
A leitura é uma ótima forma de ampliar os conhecimentos, seja de livros, de jornais ou de revistas. Não adianta ler o que não o interessa, pois o aproveitamento será mínimo, tanto no aprendizado, como na diversão.
Mais uma dica encontrada no livro é procurar desafios para testar e, consequentemente, desenvolver a inteligência. Novas dificuldades sempre são uma boa oportunidade para obter mais conhecimento em determinadas áreas que influenciarão sua empregabilidade no futuro.
São vários os processos para adquirir conhecimento e cultura. Nada é fácil, porém o sucesso depende de cada um. É preciso estudar para aprender e não para tirar boas notas. Por isso, o hábito de estudo, de leitura e de persistência em tudo o que se faz é a base para conquistar a vida que tanto se deseja.
Guilherme Sartori
REFERÊNCIA:
PIAZZI, Pierluigi. Aprendendo Inteligência: manual de instruções do cérebro para alunos em geral. 3. ed. São Paulo: ALEPH, 2014.