Entre os numerosos tipos de poluição que fazem parte de nossa sociedade atual, a poeira fina é uma questão que não deve ser colocada em segundo plano. Conforme estudos realizados pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), durante cinco anos em grandes capitais, como Porto Alegre e São Paulo, podemos observar que a poluição da areia fina, provinda do atrito dos pneus, vem se tornando um fator alarmante para populações que vivem em grandes capitais, devido ao grande fluxo de veículos que tem aumentado ao longo dos anos.
Nota-se, no entanto, que alguns fatores aumentam os níveis de contaminação de areia fina no ar. Podemos dizer que os principais responsáveis por essa poluição são: o atrito dos pneus com o asfalto e a calibragem incorreta de pneus, que, por sua vez, se desgastam gerando, assim, altos índices de contaminação.
Em estações do ano como inverno, o grau de poluição é ainda maior, devido à influência da baixa umidade do ar, tornando-se inevitáveis as doenças respiratórias, como: pneumonia, bronquite e rinite, que causam ameaça para a saúde das pessoas.
A partir de estudos realizados durante, aproximadamente, cinco anos, a porcentagem de poeira fina nas capitais, como Porto Alegre e São Paulo, é cada vez mais elevada. Nessas cidades, o índice de internações por doenças respiratórias varia de 30% a 48% durante o inverno. O material particulado da poeira, que penetra nos pulmões, chega a alcançar 22 microgramas, ultrapassando o limite máximo admitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 20 microgramas por metro cúbico. Como viver em um país onde somente 1,7% das cidades vigiam a qualidade do ar?
Segundo Fernando Lang da Silveira, estudante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), reduzir a velocidade média dos veículos, usar o tipo de pneu adequado para cada veículo e ajustar a calibragem correta, diminuiriam índices de atrito dos pneus, evitando a contaminação.
A conscientização da população por meio de campanhas sobre a poluição do ar seria a principal solução para evitar os malefícios da poeira fina. São atitudes simples, mas que podem mudar a situação do meio ambiente e até salvar vidas.