sopro na areia

Sinto saudades do que poderia ter sido.
De nós dois.
Vazio se sobrepõe…
Não consigo achar o rastro
das cartas e dos olhares, dos perfumes e da nudez ,
abotoados agora…
Não como as rosas de antes…
Somos cactos dentro e fora!
Cheios de vertentes -sem saída- ou suspiros que dos adolescentes provêm.
Sem depois!
Sem falar da lua cheia e o cheiro do café ou mingau de aveia.
Secos, minguados, esfarelados pelo vento que nem assobia, fraco silencia.
Sem cheiro de bruma, ou mistério no ar,
nem a carícia na pele … sem tatuagem nas veias.
Deserto sem elo na praia…
Só o sopro na areia!

Eva Sabbado Servidora da Fundação Liberato

Eva Sabbado
Servidora da
Fundação Liberato

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