A escola e seu papel na constituição da sociedade

Cada um de nós traz dentro de si experiências e vivências, adquiridas no período escolar, que foram ou estão sendo construídas no seu imaginário de mundo coletivo ou individual. A escola deixa de ser apenas um local de troca de conhecimentos e adentra na esfera do emocional, em que outros tipos de trocas, principalmente as afetivas, passam a fazer parte da construção do sujeito aluno.

Nesse espaço e tempo, alguns conflitos por vezes emergem, quando o aluno percebe que o mundo ao seu redor é maior que sua família ou grupo social no qual viveu no seu cotidiano pré-escolar e começa a se enxergar como parte de uma estrutura coletiva, passando a conviver entre iguais e diferentes.

Assim, a sala de aula torna-se um ambiente que trabalha além da aprendizagem formal e transforma-se em palco de frustrações, de realizações, de encontros, de disputas, de competitividade e de dificuldades nas relações interpessoais.

Nesse contexto, as escolas são instituições imprescindíveis para o desenvolvimento e para o bem-estar das pessoas, das organizações e das sociedades. Por isso, elas têm, ao longo dos tempos, desempenhado um papel fundamental e insubstituível na consolidação das sociedades democráticas baseadas no conhecimento, na justiça social, na igualdade, na solidariedade e em princípios sociais e éticos irrepreensíveis.
A era da hiperconectividade e da informação trouxe consigo profundas transformações em todos os níveis de nossa sociedade. E isso não poderia ser diferente considerando os modelos e as propostas pedagógicas desenvolvidas nas escolas. Dentro desse contexto, a proposta pedagógica da escola adquire uma importância crucial, para que ela possa desenvolver uma educação alinhada às novas demandas sociais que perpassam pelos conhecimentos tradicionais, pelos conceitos, pelos acessos a ferramentas tecnológicas, pelo acesso à informação, pela inclusão social, pelos direitos humanos, pela ética, pela cidadania, pelo meio ambiente, pela sustentabilidade, entre outros.

A pesquisa pode ser um grande instrumento na construção do conhecimento do aluno. Por meio da pesquisa, ele tem possibilidade de descobrir um mundo diferente, coisas novas, curiosidades e buscar soluções para problemas do cotidiano de uma sociedade inserida num mundo cada vez mais dinâmico. Segundo Pedro Demo, “Aprender não é acabar com dúvidas, mas conviver criativamente com elas. O conhecimento não deve gerar respostas definitivas e sim, perguntas inteligentes”.

O processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na sala de aula cada vez mais tem feito uso do método científico como ferramenta pedagógica para aquisição de conhecimento dos seus educandos. Com frequência, considera-se como ciência o respeito ao método científico, afirmação esta que, embora verdadeira, deve ser interpretada com muito cuidado. Isso se deve ao fado de que, nesta concepção, só se poderia considerar como cientistas tão somente aqueles que, em suas aventuras destinadas à produção de conhecimento, respeitassem, quase que de maneira intuitiva, determinadas regras fixas apontadas pelo método científico.

Para se desenvolver pesquisa científica entre os jovens na sala de aula, conta-se com a criatividade, a curiosidade e o impulso juvenil de querer “consertar o mundo” presentes entre muitos desses jovens, aliados a um procedimento metodológico científico. Estabelecidas essas bases, basta propor desafios aos alunos e aguardar os resultados.

A Fundação Liberato que, neste ano de 2017, completa 50 anos, é uma dessas escolas que há muito acredita nesta fórmula que envolve criatividade, ciência e método científico no seu fazer pedagógico cotidiano. Os inúmeros reconhecimentos recebidos por entidades nacionais e internacionais ao longo da sua história, destacando a escola como referência na educação e na pesquisa, atestam a eficácia do modelo educativo e do comprometimento dos professores, alunos e demais servidores da Fundação Liberato.

A MOSTRATEC veio complementar essa proposta, constituindo-se como um espaço onde os jovens apresentam ideias, inovações e soluções criativas para problemas que o mundo nos apresenta nas mais diversas áreas do conhecimento, desenvolvidas na sala de aula de várias escolas espalhadas pelo mundo, com o incentivo e o acompanhamento de professores orientadores que, igualmente, acreditam que podem transformar o mundo para melhor.

Uma boa MOSTRATEC a todos, sintam-se acolhidos por nós e continuem a acreditar que, cada um de nós fazendo a sua parte para um futuro melhor, transformaremos o nosso país num lugar onde todos desejarão viver.

Paulo Renato Thiele
Coordenador da 32ª MOSTRATEC
Fundação Liberato

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