A onda dos sonhos

sonhos

Ah! se eu pudesse entrar nos sonhos, sentir, compartir e me envolver nas emoções dos jovens que participaram, participam e participarão da busca, do encontro e das formas mágicas, que transformam o saber em realizações!

Encontraria espaços amplos, talvez cobertos de estrelas, com aromas de flores silvestres, com água à beira do caminho e jovens guiando robôs em outro planeta, apenas utilizando o pensamento.

A ousadia, a confiança e a coragem fariam parte de todos os que ali se encontrariam. A vontade de inovar, de fazer a diferença e de tornar possível a manutenção da vida e da sustentabilidade, num planeta, cheio de riquezas e diferenças, contemplaria o infinito.

O desejo de compartilhar, de contribuir e de participar estaria em cada um dos que decidiriam mergulhar na nuvem desses sonhos, que integraria, que aproximaria, que multiplicaria as possibilidades e as dimensões do viver.

A determinação e o espírito científico envolveriam mentes e corações. Ali, não se encontraria lugar para o impossível. As possibilidades despencariam numa cascata de luzes, cores e sons, que transformariam os que se adentrariam nesse caminho.

A linguagem seria outra, talvez pela telepatia do olhar, do tocar, do sentir e do abraçar. Nesse mundo dos sonhos, a linguagem mais falada seria a do coração, do sorriso, do aperto de mãos, da amizade, do companheirismo e do aceno de mãos na hora da partida.

Os tesouros estariam dispersos por muitos lugares e as pessoas estariam dispostas a descobri-los. A imaginação seria o meio de transporte dos que deteriam os tesouros e dos que gostariam de possuí-los, e, num espaço tão amplo, não haveria necessidade de lhes indicar o caminho.

Nesse lugar maravilhoso, as portas, janelas e paredes das casas dos sonhadores seriam todas transparentes, mostrando tudo o que eles pensam, sonham e fazem. Haveria trocas de saberes, de esperanças, de culturas e de amor.

Nesse lugar, não se sentiria o tempo passar, pois seria um espaço além do tempo. Ali, se poderiam ver as ondas se sucederem. Cheias de força e carregadas de energia, as ondas se lançariam a cada ano na praia, e, mostrariam a sua suavidade e riqueza.

Como agradecer o privilégio de estar nos sonhos de tantos jovens e de ter acompanhado, desde a primeira, as vinte e seis ondas chegarem e trazerem tantas emoções, superações e contribuições para a humanidade?

Como agradecer às ondas e aos jovens por continuarem a sonhar por centenas e centenas de vezes, na linha do tempo, em que poderíamos nos encontrar nos sonhos dos jovens na praia das ondas da MOSTRATEC?

Simplesmente deixando as ondas chegarem e os sonhos acontecerem.

Alberto Dalmolin Filho Ex-professor, Fundação Liberato Criador da Mostratec

Alberto Dalmolin Filho
Ex-professor, Fundação Liberato
Criador da Mostratec

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *