poema: SOBREVIVÊNCIA

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eu escrevo da mesma forma que sangro
o sangue só vem depois de um machucado
o mesmo com as palavras
elas só surgem depois da dor.
eu escrevo porque as palavras
são como abraços
eu as aperto contra minha alma
e elas se encaixam
da mesma forma que um corpo
se encaixa em outro.
o que eu escrevo me ilumina
da mesma forma que um abajur
ilumina um quarto de madrugada
e eu sempre sinto que preciso
levar essa luz para as pessoas
que assim como eu
estão na escuridão
mas acima de tudo
eu escrevo porque nessas linhas
cabem todas as palavras
que eu nunca serei capaz de pronunciar.

Primeiro lugar
Categoria poema
Liberarte 2018

Gabriela Tatiane Cardoso de Farias
Aluna do Curso Técnico de Química
Fundação Liberato

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