Este é o relato de uma experiência. Aconteceu, entre 7 e 8 deste mês de outubro, a FEICIT – Feira interna de Ciência e Tecnologia -, na Fundação Liberato, com o intuito de expor os projetos desenvolvidos pelos alunos, retribuindo e incentivando seu interesse pela pesquisa, dando, após meses de intenso trabalho, a possibilidade de vislumbrar uma expectativa maior, quem sabe.
Mas fazer projeto é mais do que uma preparação para algo maior – aqui entende-se a MOSTRATEC e qualquer outra premiação adjacente que ela possa proporcionar. É um aprendizado acumulado, em que o próprio pesquisador é dono de si e busca, detalha, discrimina e mais desses outros verbos de ação que podem compor um relatório, quando for feito. E vai ser feito, porque quem projeta sempre alcança: alcança uma bagagem cultural maior, desenvoltura para apresentar as suas ideias a um público e mais – provavelmente a maior conquista -, explora mais as nuances de um relacionamento interpessoal, quando “vai a campo”, saindo dos limites da sala de aula.
A minha experiência está sendo determinante, com certeza, para a minha formação profissional – e pessoal. Profissional porque, além de um certificado da FEICIT e da MOSTRATEC, já que minha colega de projeto – e amiga para todas as horas – e eu fomos classificados, vou levar um conhecimento que me promove a um passo adiante de quem não teve uma oportunidade desse tipo, de quem não teve a oportunidade de se independentizar, de se emancipar intelectualmente. E é por essa satisfação de “eu comecei e eu concluí” – no meu caso, “nós começamos e nós concluímos” – que me satisfaço com esse projeto, que, como costumamos conversar com o orientador, não deve ser só um trabalho de conclusão, é algo além de fazer por fazer, além da “pesquisa pela pesquisa”
Você: agora falo com quem está lendo este texto. Faça um projeto. Vá buscar o seu conhecimento por aí, saia desse mundo patrulhado das ordens de sala de aula, de “fazer para ganhar nota” – claro que ganhar nota é bom e é preciso. Mas projetar é algo maior que isso e eu sei que você vai percebê-lo, se quiser. Mudar. Inovar. Inventar. Esses, sim, denotam o que nós queremos e vamos conseguir. Mudar o mundo pode ser sonhar alto demais, mas, pelo menos, mudar a nós mesmos, crescendo como pessoas, sendo elementos de atuação na sociedade e conquistando um espaço feito pelas nossas proprias mãos, é algo que alcançamos a cada dia, e isso, digo sem medo, já é uma grande coisa.
Aproveito o espaço para agradecer a todos que, de alguma forma, contribuíram com o bom desenvolvimento deste projeto.