Ler ou não ler.

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Embora a leitura de livros pareça estar se tornando obsoleta, ainda constitui uma das ferramentas fundamentais, juntamente com a escrita, no desenvolvimento do pensamento autônomo.

Nos últimos anos, venho incentivando o desenvolvimento do hábito da leitura. Tendo em vista a média nacional de leitura anual “por ano, o brasileiro lê em média 2,43, como mostrou a pesquisa divulgada na 4ª edição dos “Retratos da leitura no Brasil”, desenvolvida em março de 2016, pelo instituto pró-livro…44% não lê e 30% nunca comprou um livro. Segundo Harry Carvalho “a educação e o processo de ensino aprendizado fazem parte da sociedade desde logo cedo. Então, quem terá o primeiro contato com a criança será a família e posteriormente a escola. Se no meio familiar existir uma cultura de leitura, já teremos um bom começo, mas se não, aí essa prática vai se isolar e depender totalmente da escola” https://www.portalt5.com.br/noticias/paraiba/2018/4/83640-brasileiro-le-em-media-2-43-livros-por-ano-diz-pesquisa. Desafio os estudantes a lerem 10 livros ao ano.

Há alguns anos, no final do ano, recolho os dados da quantidade de leitura. E a partir daí, posso levantar algumas percepções:

  • Nenhum aluno que leu mais de 10 livros reprovou;
  • As turmas que tiveram menor média (1,5 – em 2018 e 2,3 em 2017) foram as turmas que tiveram maiores dificuldades em passar de ano. Muitos necessitaram da aprovação por conselho e mais da metade reprovou em 2017;
  • Em turmas que têm médias próximas a 10 livros, poucos são os que têm dificuldade em passar de ano.

Temos, certamente, que levar em consideração que alguns alunos estudam muito e por isto têm hábito da leitura e facilidade em compreender os conteúdos e outros têm facilidades sem lerem muito. Mas quem se esforça para ter este hábito também consegue ter mais ou até ainda mais, facilidades de aprendizado.

Existem vários entraves para o desenvolvimento deste hábito. O preço, aparelhos eletrônicos, etc. Mas também há uma falta de investimento ou de um olhar para o aprendizado nas escolas pelos “autores” competentes. A renovação de livros torna-se uma das últimas prioridades dos gestores.

A escolha é nossa. Já dizia Sartre – somos “condenados” a ser livres.  Tendo como condição da liberdade a escolha, estamos sempre escolhendo, não escolher é uma escolha. É você que trilha seu futuro, você que o escolhe.

Prof. Vilson Joselito Schütz Fundação Liberato

Prof. Vilson Joselito Schütz
Fundação Liberato

 

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