Movido por um sonho, ousadia e determinação, um homem enfrentou as etapas que o tempo estabelece ao longo do infinito e conseguiu torná-lo significativo, grandioso e, o que é mais importante, jovens que mergulharam no seu sonho puderam encontrar caminhos para a sua realização, beneficiando a todos quantos habitam o seu planeta.
Para que isso fosse possível, esse homem tinha que vencer cada uma das etapas do tempo. Mas como motivar a terra, o ar, a água e o fogo? Como conseguir a essência que torna esses ambientes multicoloridos? Como receber deles a aura que transforma os caminhos em realizações?
Em seu pensar, tentou fazer do caminhar o seu caminho. Em cada etapa do tempo se olhava no espelho e se via nu. Movido por algo que está além da constituição humana de ser, lavrava a terra, esquentava as mãos, respirava profundamente e, quando necessário, saciava a sede no riacho.
Como num passe de mágica, as etapas do tempo se sucederam, os frutos da terra foram sendo colhidos, a força do vento o impulsionava, a brisa fresca o acariciava e o calor humano tomou conta do coração de todos quantos viviam o seu sonho.
O seu pensar foi multiplicado. Milhares de novos caminhos foram sendo abertos e, em cada etapa do tempo, ele continuava sendo um homem só para recolher a aura e alimentar todos os sonhos.
Ao olhar no espelho, percebia que tinha que começar tudo de novo, em cada etapa do tempo, porque era, agora, o responsável pela nutrição de todos esses sonhos. O maior desafio desse homem era, portanto, buscar a aura que os quatro elementos da natureza ofertavam à beira do caminho.
As etapas do tempo já lhe cingem a fronte, os elementos naturais já lhe esperam com carinho e os jovens, já mergulhados no seus sonhos, não percebem que houve um sonhador. Esse algo, além da constituição humana de ser, já se concretizou e tomou conta dos que com ele caminharam, formando uma nova essência ampla e exuberante, que levará o seu sonho para o infinito e que, mesmo em sua ausência, estará irradiando as luzes do seu pensar.
Assim, embora o sonhador estivesse, inicialmente, sozinho para recolher a aura ofertada pelos elementos da natureza, ele havia passado o algo, além da constituição humana de ser, para outros sonhadores manterem a completude da ideia e do processo, tornando o seu sonho uma referência em nível mundial, oportunizando a realização pessoal e profissional dos que dele participam.
Alberto Dal Molin Filho
Professor da Fundação Liberato
Criador da MOSTRATEC em 1978