PENSANDO EM…

Sempre gostei das poesias de Mario Quintana, em especial a que fala da passagem do tempo:

Seiscentos e sessenta e seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, são 6 horas: há tempo..
Quando se vê, já é sexta-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
Eu nem olhava o relógio
Seguia sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…

Acompanhando o envelhecimento de minha mãe, percebo que realmente o tempo nos escapa por entre os dedos, como a areia da praia, e que caminhamos em círculos.
A vida, sem dúvida, são ciclos que se completam. Hoje minha mãe vive os seus 80 e tantos anos, amanhã serei eu com as mesmas alegrias e tristezas. Já não há entre nós uma relação de mãe e filha, mas sim duas mulheres que juntas envelhecem, cada qual completando mais um ciclo da sua vida.
E os colegas que estão se aposentando? Também são ciclos que se completam.
Em breve estarei também neste momento de vida.
O que nos resta fazer? Aprender com os que estão à nossa frente. Apoiar, e lembrarmos sempre, que são exemplos a serem seguidos (ou não).
É o momento de darmos o nosso carinho, o mesmo carinho que iremos querer em breve, quando o nosso tempo se completar aqui na Liberato.
A eles o meu respeito e admiração por tudo que construíram!

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Elisabete Kops Espanhol 
Professora da Fundação Liberato

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