A Fundação Liberato se tornou referência na formação técnica. Os alunos vêm de mais de 50 municípios da região e trazem consigo a diversidade cultural de suas localidades. Ao promovermos ações em que os estudantes experimentam as manifestações culturais, eles podem se reconhecer e aprender uns com os outros, a partir da linguagem das artes que aliam habilidades e sensações. Pensando nisso, foi criada a Semana Cultural, por iniciativa da disciplina de Língua Portuguesa, ainda na década de 90.
Hoje a Semana Cultural da Liberato agrega ações que contemplam a arte de diferentes formas, para as quais realizamos festivais, encontros e exposições.
O Sarau Literário e Musical, no início da semana, acolhe os alunos e professores e faz os participantes acordarem para a ideia de que algo especial está chegando. Neste momento são lidos textos de autores conhecidos ou dos alunos, são interpretadas canções e a sensibilidade é aflorada entre os participantes. A novidade deste ano foi a organização do Sarau dentro da Biblioteca, o que leva os leitores a se aproximarem dos livros.
Na terça, vivemos a Abertura da Semana Cultural, organizada com a participação da Companhia Experimental de Música Erudita e Popular da Fundação Liberato – CEMEP, sob a regência do Maestro Josimar Dias da Silva. O Coro e a Orquestra da Liberato fizeram seu show, encantando os presentes. Fazem parte da CEMEP alunos, servidores e comunidade em geral.
English in the Spotlight ultrapassou a disciplina e agora tem evento próprio na terça-feira, durante a Semana Cultural. Os alunos fizeram apresentações que envolveram o canto, a dança, o teatro e o audiovisual. Dessa forma, o Spotlight favoreceu a integração das turmas de todos os níveis de inglês.
A emoção de participar e ver seu texto publicado em uma obra coletiva é coroada durante a Cerimônia de Premiação do Liberarte, na quarta-feira. Ali os alunos se encontram e encontram os escritores que participaram do seu processo de escrita, já que ministraram oficinas literárias e avaliaram os seus trabalhos. A realização de um espetáculo teatral inspirado nas obras dos escritores convidados, apresentado na abertura da cerimônia prepara todos para a emoção do encontro entre autores e obras. Nesse dia, foi apresentada uma novidade: os livros do Liberarte podem ser acessados desde a primeira publicação de 1978, uma vez que todos estão disponíveis on-line.
De segunda à quarta temos o Troca-troca de Livros na Biblioteca, organizado pela servidora Carla Casagrande e por alunos voluntários. Há a escolha de tema para esse movimento da leitura. Em 2019, o tema escolhido envolveu os 500 anos de Leonardo da Vinci. Sobre o assunto foram organizados momentos para os alunos e professores, nos quais foi discutida interação entre “Arte e Ciência”, a partir desse ícone mundial que é da Vinci. A ornamentação da biblioteca contou com a exposição “Qual a tua Monalisa?”, com a proposta realizada em suas turmas, pela Professora Margareth Weber.
Quinta-feira é dia de música. Os talentos dos cantores e instrumentistas são apresentados no Festival de Música, que é organizado por uma equipe interdisciplinar: o Maestro Josimar Dias da Silva, a professora de matemática Camila Rodrigues Ferrão e a professora de Educação Física, Sheila Cristiane Schwandler. Foram convidados, como jurados, os professores de Física, Jader Bernardes e o engenheiro e professor, Anderson Jean de Farias, que são também músicos. Além dessas personalidades, tivemos convidados externos que auxiliaram na avaliação e apreciação das performances dos alunos.
Na sexta, temos o Festival de Dança que é organizado pela mesma equipe do Festival de Música. Esse espaço é destinado tanto para aqueles que já fizeram parte de grupos de dança, como para quem deseja se expressar pela primeira vez em público, através do movimento. Bailarinos vêm prestigiar e incentivar a dança na Liberato ao avaliarem as coreografias apresentadas. Inclusive, há a troca de experiências entre profissionais da área e de alunos, por meio de oficinas, que ocorrem durante o ano.
De terça a sexta, experimentamos a novidade de realizar o Festival de Curtas Acessíveis durante toda a Semana Cultural, em turnos diferentes, já que tivemos mais de 40 vídeos inscritos. Realizar de forma alternada as exibições possibilitou que mais turmas pudessem assistir aos trabalhos. Os curtas foram avaliados por profissionais da área audiovisual. Um dos requisitos para a participação no festival foi de os trabalhos contarem com recursos acessíveis, como legenda e audiodescrição. A análise das produções, na perspectiva da audiodescrição, foi realizada pelo fotógrafo cego, Valdir da Silva. Para ele, “a participação na avaliação dos curtas acessíveis é fundamental para as pessoas com deficiência, pois, só assim, vamos melhorar o nosso acesso às mídias por meio de uma audiodescrição com qualidade”.
Para o registro das atividades da Semana, o Grupo Voluntários de Mídias, organizado desde o ano anterior, fez a cobertura da semana com o registro fotográfico e de vídeos dos eventos. O trabalho dos voluntários já começa antes, com a divulgação dos eventos que têm sua culminância na Semana Cultural. As redes sociais são alimentadas pelos alunos com o registro feito por eles.
Ao se pensar em estratégias para se organizar os eventos na Instituição, já foram realizadas as atividades culturais de maneira pontual, em uma agenda específica, durante o ano letivo. Isso aconteceu por dois anos. Ao avaliar essa perspectiva, no entanto, a comunidade escolar percebeu que, a imersão cultural proposta a partir da Semana, permite que sejam agregadas as atividades e favorece a organização e o planejamento da Instituição para esse período. É possível, assim, a união do público e dos artistas nas diferentes modalidades. É uma Semana especial na qual oportunizamos ao aluno a divulgação de suas habilidades, a apreciação artística e cultural e o desenvolvimento das relações intra e interpessoais.
As atividades previstas para a Semana Cultural ultrapassam a organização das disciplinas e fazem parte do planejamento do Núcleo de Educação, Cultura, Esporte, Ciência & Tecnologia, por meio do Eixo Cultura. Participam alunos e servidores como colaboradores nas diferentes atividades, com apoio do Grêmio Estudantil GEM 05/68.
Imagens:Voluntários de Mídias da Fundação liberato.