RELATO: os alunos e o troca-troca da biblioteca

Este é o depoimento dos alunos que participaram do Troca-Troca da Biblioteca 2019, tomado pela aluna Ana Manoela da Rocha. A experiência de trabalho é significada pelos integrantes, quanto ao alcance do Projeto e do que mobiliza nos jovens estudantes da Fundação Liberato.

Carla Casagrande Bibliotecária Fundação Liberato

Carla Casagrande
Bibliotecária e responsável pelo Projeto do Troca-Troca de Livros
Fundação Liberato

 


 

 

Neste ano, eu fui apresentada à Carla, pela Cláudia, psicóloga da Escola, na intenção de a gente produzir alguma coisa juntas, já que eu gosto muito dessa área de audiovisual. A Carla comentou que estava pensando em fazer um vídeo reportando a experiência dos alunos que ajudaram nesse projeto. Eu achei a ideia muito legal e topei na hora!

Quando fui entrevistar os alunos, teve algumas falas que acabaram me emocionando. Eu não fazia ideia que tinha todo esse trabalho por trás. Eu não sabia que tinha alunos de fato, por trás daquele trabalho.

E aos poucos a gente vai vendo que na Escola tem muito espaço para os alunos desenvolverem seus interesses, mesmo que eles não sejam científicos, o que é muito legal! E eu acabei percebendo que é muito mais do que pegar um livro e deixar outro. Tem todo um empenho de muita gente, mesmo que indiretamente. Teve os trabalhos de Arte que os alunos do primeiro ano fizeram da Monalisa*. Eu acho que todo mundo devia ver como funcionam as coisas: as coisas não surgem de uma hora pra outra. Seria muito legal se as pessoas conhecessem e talvez até se emocionassem que nem eu.

Ana Manoela da Rocha

Ana Manoela da Rocha

 

* Exposição “Qual a Tua Monalisa?”, desenvolvida em parceria com a professora de Artes, Margareth Weber.

 


 

 

No Troca-Troca, pude aplicar fora da sala de aula, conhecimentos teóricos que aprendi na aula de desenho técnico, por exemplo. No Troca-Troca aflorou uma competência da Área que eu não sabia que tinha. Ter planejado e montado a estrutura do Carlitos foi muito desafiador. Mas quando eu fiquei sabendo que era para o Troca-Troca foi mágico, porque eu estava colaborando para um evento da Escola!

Não esperava que tudo ficasse tão bonito! Quem está de fora não tem uma visão ampla. Uma coisa é tu estar como um aluno comum, outra é entrar de cabeça na equipe, no trabalho e entender o âmbito que o Troca-Troca alcança, tudo o que envolve. É muito bom!

Estar trabalhando no Troca-Troca foi mergulhar no mundo dos livros de uma forma que eu nunca tinha feito antes.

Cesar Lima

Cesar Lima

 

 


 

Eu não tinha muito o hábito de ler. Este ano eu entrei para o SEDEC e fui direcionado pra Biblioteca. E aí a Carla veio falando do Projeto do Troca-Troca e se eu poderia ajudar. Daí já fui me envolvendo com esse Projeto, e desenvolvi o gosto pela leitura, vontade de ler. Comecei a pensar por que não posso ser como esses escritores que eu leio? Aí eu comecei a escrever. E sabe aquelas questões que nos abalam tanto? Eu escrevendo, meio que me ajudou a desabafar. No papel eu tiro um pouco do peso. Foi incrível!

Pra mim, estar inserido neste Projeto tem a ver com o que penso que é minha missão de vida: ajudar as pessoas, mesmo que indiretamente. Eu sei que o Troca-Troca ajuda as pessoas, e eu estou ajudando também!

Pablo Daniel

Pablo Daniel

 

 


 

 

Através da Andressa, tive a oportunidade de começar a ajudar no Troca-Troca ano passado. Foi uma experiência bem bacana dar vida ao Chaplin. Mas, como era só a Andressa, a Carla e eu, acabou sendo bem puxado para nós, ainda mais por sermos bixetes e ainda estarmos em fase de adaptação na Escola. Agora, com mais pessoas, cada uma ajudou como pôde nos preparativos, houve uma divisão de tarefas.

Enfim, mesmo caindo de paraquedas aqui na Biblioteca, participar por trás dos panos pela segunda vez no Troca-Troca continuou sendo muito agradável. Gosto muito da ideia dessa troca de histórias que acontece a cada edição, me diverti muito.

Paola Brito

Paola Brito

 

 


 

 

A diversidade é muito importante. Neste ano é que a gente começou a trabalhar com mais pessoas. Já tinha nós da Eletro e veio muita gente, gente da Meca, da Trô, e o que agregou muito foi essa diversidade mesmo, sabe! O fato de que eram pessoas tão diferentes trazendo ideias de todos os lugares possíveis. E deu pra fazer muita coisa com isso.

As pessoas vêm bastante no Troca-Troca. Acontece muita movimentação, por que tá tudo enfeitado, tudo muito bonito, e isso atiça a curiosidade das pessoas. E essa curiosidade direciona as pessoas para os livros!

No ano passado, a gente era só aluno normal, numa escola normal. Aí estava tendo uma aula com a Maria Emília e do nada ela: “Ah, tem a Carla, é da Biblioteca, está organizando coisas, é sobre cinema. Quem sabe tu não quer ajudar?” Nossa, que incrível! Quero muito ajudar! Aí eu cheguei lá, conversei com a Carla, ela falou das propostas e eu pensei: Puxa, vou chamar a Paola. Ela é boa nisso, sabe desenhar, gosta de fazer umas artes. E aí estamos nós duas!

Tudo mudou depois de participar da elaboração do mural do Troca-Troca. Eu comecei a me envolver muito mais com outras coisas da Escola. Eu percebi que aqui não era só uma escola. Que aqui tinha muito mais do que isso. Todos esses eventos culturais e mil coisas. Incentiva a criatividade demais! E me incentivou muito a ler. Eu gosto de estar na Biblioteca. Eu gosto deste ambiente. Sei lá, é mágico! Todo período livre que a gente tinha, a gente vinha aqui fazer coisas.

Pra mim, estar no Troca, além de ajudar a disseminar o hábito da leitura pras pessoas, mudou completamente a minha vida e a minha estadia aqui na Liberato. Agora eu não sou mais só uma aluna normal, assim, que vai lá, estuda e fim. Eu sinto que estou participando das coisas que a Escola está oferecendo. E eu sinto que estou ajudando outras pessoas a fazerem isso. Agora eu vejo a escola de um jeito muito mais legal e agradável.

Andressa Soder

Andressa Soder

 

 


 

 

Eu cheguei aqui no Projeto da mesma forma que todos. De alguma maneira a Carla conseguiu juntar gente de praticamente todos os Cursos pra trabalhar no Troca-Troca. Ela me apresentou este Projeto. Daí eu pensei: “Interessante!” Achei legal e comecei a participar.

Neste ano, eu consegui participar um pouquinho de cada coisa: divulgação, planejamento, execução. E ter produzido aquele cartaz, ver aquele trabalho pronto com o meu nome e eu sabendo que tinha feito aquilo… É muito bom!

Antes eu tinha dificuldade de me dedicar a alguma coisa, me focar e gastar tempo da minha vida. Também não me sentia animado, envolvido com alguma coisa. Fiquei animado com o Projeto, vendo ele funcionar, as fotos pela Escola, pessoas entrando e saindo, falando sobre os livros. Rostos novos e velhos!

Estou feliz, mas um pouco triste porque terminou. Eu queria que aquilo durasse para sempre. Mas eu só sei de uma coisa: ano que vem eu vou querer fazer isso de novo. Não vou querer perder esta oportunidade!

Se eu tive que aprender alguma coisa no Troca-Troca? Todas as coisas eu tive que aprender! Eu só tinha o básico. Eu passava pesquisando sobre as camadas de edição, formatos, salvamento gráfico.

Pra entrar nas salas de aula e fazer a divulgação também aprendi muito. Eu criei confiança por ter entrado nas primeiras vezes com a Carla nas salas e vê-la explicando sobre o Projeto. Eu acreditava que aquilo era importante! Então, ela conseguiu meio que dar uma corda em mim, pra eu ir em frente. E aí, eu passei a fazer a divulgação sozinho nas salas de aula, espalhando esta notícia, sempre com um sorriso no rosto!

Ricardo Mozarth

Ricardo Mozarth

 

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