Projeto Espírito Livre – Voluntários pelo Mundo
18 meses de voluntariado
O Projeto Espírito Livre – Voluntários pelo Mundo completou sua segunda etapa. Após viajar nove meses pelo continente africano, explorando novos lugares, aprendendo novas culturas e ajudando quem precisa na forma de trabalho voluntário, sempre em pequenas organizações comunitárias, nós, Ana Carolina e Carlos Eduardo, ex-alunos da Fundação Liberato, passamos mais nove meses no continente europeu.
Com o objetivo de realizar trabalho voluntário nos cinco continentes, escolhemos o continente europeu como nosso segundo destino, cheios de entusiasmo para conhecer as belezas do velho mundo. Iniciamos nossa pesquisa sobre o local, buscando enxergar qual a situação que a Europa estava vivenciando para, então, sabermos onde nossa ajuda seria necessária. Percebemos que o cenário atual da Europa requer atenção na causa dos imigrantes e refugiados; então, buscamos organizações que tivessem esse foco.
Ficamos cinco meses no extremo sul da Espanha na cidade de Tarifa, atuando na Cruz Vermelha Espanhola, na equipe de resposta imediata à emergência. Ajudamos diretamente as pessoas que chegavam à Europa pelo Estreito de Gibraltar de forma irregular.
Como a ajuda funcionava? Após o resgate de imigrantes pelo navio de salvamento marítimo no Estreito de Gibraltar, eles eram levados ao porto, e a equipe da Cruz Vermelha era ativada. Verificação médica e sanitária eram as primeiras etapas a serem realizadas. Depois, novas roupas eram fornecidas além de alimento. A parte fundamental desse processo era a entrevista realizada a fim de verificar idade, país de origem, motivos da viagem entre outros detalhes. Durante o período em que estivemos ajudando, mais de trinta mil pessoas passaram por nossas mãos.
Nossa segunda atuação no continente europeu foi na Turquia, onde ajudamos uma organização chamada Imece Inisiyatife (Iniciativa de Solidariedade) na cidade litorânea de Izmir. A organização prestava suporte a famílias refugiadas vindas da Síria. Durante os finais de semana, visitávamos os assentamentos não oficiais de refugiados, a fim de distribuir produtos de higiene, alimentos e roupas, além de levar um mínimo de educação e divertimento para as crianças. Durante a semana, vivíamos em uma área rural onde recebíamos algumas famílias (mulheres e crianças) e era oferecido a elas alguns cursos de artesanato, sabão e outros artigos que poderiam ser vendidos facilmente no bazar. Mas o foco principal era o programa chamado “Imece Solar” um programa que visa ensinar as mulheres sobre energia solar, construir artefatos solares e instalar sistemas em residências. O objetivo por trás de ensinar sobre energia solar é garantir que, quando essas mulheres voltarem para suas casas (em áreas destruídas pela guerra), elas possam, de forma independente, prover eletricidade para sua família.
Foram muitas histórias de superação e resistência que nos orgulhamos de ter vivenciado e talvez feito diferença no destino dessas pessoas.
Entre uma etapa e outra sempre retornamos ao Brasil para compartilhar nossas experiências com a comunidade em forma de palestras nas escolas e universidades, rodas de conversa em grupos específicos e eventos culturais, a fim de inspirar pessoas para o bem.
A próxima etapa está prevista para ser iniciada em novembro de 2019, e o continente contemplado será a Ásia. Possivelmente, iremos iniciar pela Índia, local que imaginamos ser mágico e inspirador.
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