Processo de ensino-aprendizagem norteado pelas emoções

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NÃO SE PODE FALAR DE EDUCAÇÃO SEM AMOR
PAULO FREIRE

Vivemos em tempos complicados para a educação, muitas escolas públicas sucateadas, pouco investimento em recursos, em uma sociedade que não se enxerga como parte do processo educativo brasileiro.

O aluno atual vive num mundo permeado por tecnologia, que permite que tenha acesso rápido e com facilidade ao conhecimento, o que torna o processo de ensino-aprendizagem um desafio ao professor, que precisa compreender o que buscam na escola as crianças e os adolescentes inseridos na sociedade contemporânea.

A sala de aula padrão segue mantendo o mesmo modelo de sempre, com mesas alinhadas em fileiras, estudantes vendo a cabeça do colega da frente, exigências de silêncio, sinal tocando e fragmentando os saberes a cada troca de período e por aí vai…

Diante da realidade, criar vínculos de afeto e carinho entre professor e aluno é uma forma de deixar o processo de busca pelo conhecimento mais humanizado e harmonioso para ambas as partes. Quando o aluno sente-se bem no ambiente escolar, automaticamente desenvolverá desejo e prazer pelo aprendizado, pois verá significado no ato de estudar.

Professores jamais serão substituídos por máquinas, a tecnologia é capaz de dar total acesso ao conhecimento, mas não é capaz de humanizar, criar possibilidades de interação real entre os sujeitos envolvidos no ato de aprendizagem.

Conhecer o aluno que se tem, entender suas emoções é fundamental, já que o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor estão interligados no processo de aprendizagem. Envolver habilidades socioemocionais nas diversas áreas do conhecimento é essencial para formar cidadãos críticos, bem orientados socialmente e aptos para a convivência coletiva.

Cecilia Decarli

Cecilia Decarli
Doutoranda em Educação em Ciências- UFRGS
Professora de Ciências Biológicas

 

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