Fóruns interdisciplinares para a orientação de trabalhos científicos

Fóruns interdisciplinares para a orientação de trabalhos científicos – um relato de experiências

Elisabete Kops Espanhol Elizabete Kuczynski Nunes Juliana Bender Goulart Sandro Luiz Mattiello

Elisabete Kops Espanhol
Elizabete Kuczynski Nunes
Juliana Bender Goulart
Sandro Luiz Mattiello

 

A partir do curso de Metodologia de Pesquisa, ofertado pela DPPI (Diretoria de Pesquisa e Produção Industrial) da Fundação Liberato, surgiu a inquietação sobre a eficiência/dificuldade do processo de orientação de trabalhos científicos em nível de ensino médio. Participaram das discussões dois professores de Eletrônica, um de Matemática e um de Língua Inglesa, ou seja, especialistas, mestre e doutor, respectivamente. Assim, surgiu um fórum de discussão interdisciplinar, para discutir situações relacionadas à orientação de trabalhos científicos.

Na intenção de propor caminhos que auxiliem na orientação de trabalhos científicos, elaboramos a seguinte questão norteadora: é possível melhorarmos a qualidade da orientação, através de fóruns presenciais de discussão, entre orientadores de diferentes cursos e áreas? Como premissa, adotamos a ideia de que esses encontros promoveriam agilidade na solução de dúvidas, à medida que houvesse troca de experiências e saberes formais, qualificando a orientação.

O Estudo de Caso foi o tipo de pesquisa utilizado, envolvendo a pesquisa-ação.  A pesquisa foi realizada na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, localizada em Novo Hamburgo, que possui duas modalidades de cursos em nível médio: diurno integrado com cursos técnicos e técnico noturno (pós-médio). A execução do projeto foi no período de 6/9/2012 a 4/10/2012, envolvendo os quatro professores orientadores, mencionados acima. A partir daí, por discussões semanais e compartilhamento de experiências e conhecimento, elaboramos os seguintes objetivos: agilizar o processo de solução de problemas; beneficiar o orientando e reduzir o stress do professor orientador. As variáveis foram medidas através de um questionário com questões semiestruturadas, em que o professor pôde registrar suas percepções sobre os prós e contras da orientação em fóruns semanais. Os resultados da pesquisa podem ser visualizados na tabela abaixo.

Imagem texto Elisabetes Apesar da curta duração da pesquisa e sem generalizar resultados, algumas constatações foram possíveis, tais como: registrar, no caderno de campo, tomadas de decisões e presenças/ausências dos orientandos nos encontros e, para a comunicação por e-mail, auxiliá-los na ordenação dos arquivos, para que não ocorra reenvio de anexos antigos. Além disso, para alguns alunos, faz-se necessário, juntamente com o professor orientador, elaborar um cronograma detalhado das atividades a serem desenvolvidas.

Por fim, um processo de construção conjunta entre os orientadores fortalece a exposição dos sucessos e insucessos da orientação. O compartilhamento de informações nos fóruns auxilia a direcionar e ampliar o conhecimento do orientador nas tomadas de decisões com vistas à maturidade nesse processo. Como consequência, uma orientação mais segura com soluções mais rápidas com possibilidade de qualificação da pesquisa. E ainda, salientamos que, apesar dos fatores positivos elencados, a pesquisa não se esgota por aqui, tanto no sentido qualitativo acerca da discussão sobre orientação de trabalhos científicos, quanto nos aspectos quantitativos, entre os quais estão o número de orientadores envolvidos e o número de encontros realizados.

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