Manifestações, discussões e debates políticos marcaram o ano de 2013. Muitos foram às ruas criticar o governo e sugerir mudanças fundamentais para o dia-a-dia de cada um. Mas o meu caso (e acredito que de outros) foi diferente.
Mesmo concordando com a maioria das propostas dos manifestantes, pessoas como eu não vão às ruas. Mesmo querendo gritar um “CHEGA” para todos os problemas deste país, pessoas como eu não têm iniciativa.
Pessoas como eu são surpreendidas pela pergunta ‘Qual é sua causa?’ e não dormem à noite tentando respondê-la. Parar. Suspirar. Pensar. Responder: o que me motiva, o que me apaixona, o que me faz ser maior é acordar de manhã e aceitar os desafios do momento, é viver o agora, e não preocupar-se com o preço da passagem ou com a PEC 37. É apreciar um gole de café, um pedaço de chocolate, é ganhar um sorriso, é fazer alguém sorrir. A verdade é que não temos uma causa como a que a sociedade tenta nos impor e temos a coragem de ser do nosso jeito, repudiando a hipocrisia de um povo que condena a corrupção dos políticos, mas que não se incomoda em furar uma fila ou mentir para esquivar-se de um problema.
No fim, não significa que não tenhamos uma causa. O que diferencia os apaixonados pelas revoluções de pessoas como eu, é que nossa causa é viver, baseado no princípio de que amanhã pode ser muito tarde.
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