Libas ano que vem, então?

 

Fundação Liberato: uma escolha, um caminho, um futuro.”

O lema de nossa Instituição sugere o quão importante pode ser, para um profissional, passar por essa Escola. Porém, para muitos adolescentes da região, não é uma tarefa fácil fazer essa escolha, desejar trilhar esse caminho. Ao aluno da região que recém concluiu o Ensino Fundamental é dada a oportunidade de tentar ingressar na Fundação Liberato por meio de uma Prova de Seleção. Para muitos, porém, talvez mais difícil do que passar na prova, seja escolher se quer ou não fazer a prova. E, se passar, se quer se matricular.

Essa dificuldade deve-se ao fato de que esse aluno sabe que, se optar pela Escola, deverá abrir mão de algumas diversões para dedicar-se muito a seus estudos. Em compensação, um universo de novas descobertas, de pesquisa, de ciência, de tecnologia estará à sua disposição. Muitas vezes, os alunos enfrentam até uma certa pressão da família, que quer ver o seu filho na Fundação, por saber dos benefícios para seu futuro profissional.

Nas aulas de Língua Portuguesa, como professora de primeiras séries do Curso Técnico de Eletrônica, estudo com meus alunos o gênero textual crônica. Como uma das propostas de produção textual, os alunos, neste ano, deveriam escrever um texto pertencente a esse gênero explorando a temática de decisão que o aluno-autor teve que tomar. Para ilustrar esse trabalho, trago o texto do aluno Pedro Henrique Acorsi, turma 4111, que contou, em seu texto, como foi “escolher” a Fundação Liberato. “E aí, Libas ano que vem, então?” Pedro disse sim à pergunta que sempre lhe era feita.

Emoções

E aí, Libas ano que vem, então?” Cada vez que seu irmão lhe fazia essa pergunta, sua expressão mudava completamente. De uma expressão tranquila e alegre a uma de extrema dúvida e aflição. “Não sei” era a resposta dele. Sua expressão era explicada pela quantidade absurda de pensamentos que vinham à sua cabeça, pois parte dele queria demais ir para a Liberato fazer Técnico em Eletrônica e se formar um profissional bom e competente, porém, por ironia do destino, parte dele tinha medo de ir, medo que ele tinha de ser um fracasso, perder amigos atuais e acabar rodando e incapaz de se formar.  Pedro Henrique Acorsi – Aluno do Curso Técnico de Eletrônica – Fundação Liberato

Daiana Campani

Daiana Campani de Castilhos Professora de Língua Portuguesa Fundação Liberato

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