No ano de 2014, completam-se 50 anos do Golpe Militar no Brasil. É quando a sociedade brasileira contará a história através do relatório da Comissão da Verdade sobre a tortura, os mortos e os desaparecidos no período do Regime Militar. Uma história que os mortos e os desaparecidos não puderam contar.
Quem não viveu o período da Ditadura Militar no Brasil, pouco ou nada conhece sobre uma parte significativa da história do país, nem dos sacrifícios pela sua democratização.
Para melhor compreendermos o que foi esse fato histórico e refletirmos sobre o verdadeiro valor da democracia e da liberdade, a Fundação Liberato realizou uma semana temática, apresentando diferentes atividades, como exposição de painéis com textos e fotografias, depoimentos, mostras de filmes e palestras.
Estiveram conosco o jornalista Juremir Machado, o músico e compositor Raul Ellwanger e o escritor Tabajara Ruas que aprofundaram o debate dos valores democráticos e humanistas.
Apresentamos, a seguir, as entrevistas realizadas por Leandro Andrighetti, Professor de Filosofia, com a colaboração de Sônia Porto Machado, Professora de História e de Elenilto Saldanha Damasceno, Professor de Língua Portuguesa, todos da Fundação Liberato.
…tanto em 1964 como em 2013, a mídia e a oposição atacaram o governo como sendo o mais corrupto de todos os tempos. O mesmo aconteceu em 1954, o que levou Getúlio Vargas ao suicídio. A ideia subjacente é que esquerda no poder significa corrupção.”
Em 64 e 68, claramente o povo na rua pedia reformas de base e o fim da ditadura, respectivamente. Em 2013, não vi um programa definido.”
Um regime que acabou com as liberdades públicas através da deposição de um presidente eleito legalmente e, para se manter no poder usurpado, utilizou repressão brutal, desde a tortura ao assassinato, passando pela censura e banimento.”
Fotos: Carla Casagrande