Anualmente, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abre editais para oferta de bolsas de iniciação científica (IC) em diferentes projetos conduzidos por universidades (públicas e privadas). Recentemente, foi criada uma nova modalidade de bolsa (PIBIC-EM) que possibilita a participação de alunos de Ensino Médio em projetos de pesquisa, promovendo uma maior integração entre estudantes e o meio acadêmico universitário.
Assim, através da divulgação das bolsas no site da Liberato, em 2014, tive a oportunidade de participar de um projeto desenvolvido na Universidade Feevale, na área de qualidade ambiental. A pesquisa “Avaliação da citotoxicidade de águas de superfície efluentes industriais da bacia hidrográfica do Rio dos Sinos”, liderado pela professora Ana Luiza Ziulkoski, tem por objetivo avaliar a qualidade da água do Rio dos Sinos através da resposta de culturas de células e amostras de água. Esse método permite definir os pontos mais contaminados, através dos danos celulares, possibilitando a criação de planos de ação para a bacia do Sinos. O grupo conta com mais de 10 pessoas de diferentes cursos e titulações – desde Ensino Médio (eu, na época) até mestrandos e doutorandos. Toda essa mistura possibilita um grande intercâmbio de conhecimento.
Através das minhas atividades de IC, pude aplicar diversos conhecimentos de biologia e química, aumentado a minha bagagem e preenchendo, inclusive, algumas lacunas de conhecimento. Acompanhei experimentos, realizei curvas de crescimento celulares de diferentes linhagens e aprendi um pouco mais sobre um mundo totalmente novo para mim – considerando que sou técnico em eletrônica, estando mais habituado a elétrons e componentes ao invés de células e meio de cultivo. Além disso, durante a vigência da bolsa, tive diversas oportunidades participando de seminários, cursos e feiras científicas. Para quem se interessa por pesquisa, é uma grande oportunidade para ampliação de horizontes.
Maurício Haag