A FUNDAÇÃO LIBERATO E A TOCHA OLÍMPICA

Com a chegada das Olimpíadas ao Rio de Janeiro, neste ano de 2016, o Brasil acompanhou o revezamento da tocha olímpica por todo o país. Em cada uma das cidades participantes, o Ministério da Educação, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed), lançou um concurso de redação com o macrotema “O Brasil e os Jogos Olímpicos” para escolher estudantes dos ensinos fundamental e médio para serem os guardiões da tocha, ou seja, aqueles estudantes que a recepcionariam e a entregariam para o primeiro condutor.

Em Novo Hamburgo, a Fundação Liberato foi a escola escolhida, pelo Ministério da Educação, para realizar o concurso interno considerando seu “reconhecido esforço pela melhoria da qualidade, conforme aferição por parte do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)” (BRASIL, 2016).

Para o ensino médio, os eixos temáticos do texto eram “Valores olímpicos” ou “Jogos paralímpicos e inclusão social”. A estudante Eduarda Luiza Hanauer, da turma 1211, do Curso de Química, foi a vencedora da Fundação Liberato, e recepcionou a tocha em sua passagem por Novo Hamburgo no dia 08 de julho. Já o aluno João Vítor Acorsi, da turma 4112, do Curso Técnico de Eletrônica, e a aluna Laura Hoff Martins, da turma 3223, do Curso Técnico de Mecânica, foram os suplentes.

Vejamos os textos desses alunos:

Daiana Campani de Castilhos
Elenilto Saldanha Damasceno
Giele Rocha Dorneles
Professores de Língua Portuguesa e Literatura
Fundação Liberato

Sem competição e juntos, somos melhores

Cada brasileiro está de braços abertos para os atletas e turistas que chegarão ao nosso país devido às Olimpíadas, algo inédito para o Brasil, que tem um povo tão ligado ao esporte! Os jogos olímpicos são assistidos, a cada quatro anos, por milhões de pessoas de todas as partes do mundo. O evento celebra os melhores atletas e suas modalidades, sendo um espetáculo para os amantes do esporte.

Amizade, respeito, excelência, igualdade, inspiração, determinação e coragem são os sete mais importantes valores olímpicos. Muitos pensam que os jogos olímpicos são movidos pela competição, e que os atletas estão motivados apenas pela vontade de ganhar; porém estão completamente errados. Todos eles são movidos apenas por uma paixão: o esporte. Cada atleta se prepara para mostrar aquilo que ama fazer, para representar o seu país e para dar um bom exemplo a todos que querem seguir seus passos. Com as Olimpíadas, aprendemos que podemos competir sem odiar e sem desrespeitar aquele que compete conosco. Somos iguais, temos as mesmas capacidades e devemos celebrar isso. Todos já são vencedores e devem se orgulhar disso. Muitas qualidades são demonstradas nos jogos, principalmente nos jogos coletivos, em que vemos a amizade entre os colegas de equipe e o respeito com a equipe adversária quando todos se cumprimentam. Os jogos olímpicos não são apenas um espetáculo esportivo, são um espetáculo de qualidades humanas e valores que todos devem possuir. Cada pessoa deve saber a importância desse evento e o que ele tem feito em todos esses anos de existência.

Quando estamos juntos e apoiando uns aos outros, colocando todas as desavenças de lado e sentindo apenas orgulho de nossa nação, praticamos qualquer esporte da melhor maneira possível. Em agosto, os atletas de mais de 200 países terão apenas a vontade de dar o seu melhor, expressar a sua paixão, o que os move todos os dias, e representar o seu país sinceramente e com amor.

Laura Hoff Martins Aluna do Curso Técnico de Mecânica Fundação Liberato

Laura Hoff Martins
Aluna do Curso Técnico de Mecânica
Fundação Liberato

Os jogos Paralímpicos e a superação dos limites

O que são limites? Será o momento em que atingimos nosso limite máximo, hora de parar? São os limites uma linha no fim da estrada que nos diz até que ponto podemos chegar? Não, definitivamente não. Os limites existem para nos incentivar a vencer desafios, ir adiante e superar a nós mesmos. Os limites existem para nos tornar indivíduos melhores e mais compreensivos com as limitações dos outros.

Cada um tem seus limites, mas nem todos têm as mesmas oportunidades. Quando falamos em deficiências ou complicações do gênero, torna-se mais difícil encontrar igualdade de oportunidades numa sociedade em que muitos ainda são preconceituosos com aqueles que são diferentes.

As Paralimpíadas são como as Olimpíadas tradicionais, mas compostas por esportes adaptados para pessoas portadoras de doenças mentais e deficiências físicas e sensoriais. Os jogos Paralímpicos de 2016 contarão com 23 modalidades, todas devidamente adaptadas às necessidades especiais dos atletas.

Esse evento é extremamente importante para a inclusão dessas pessoas, pois é uma oportunidade que esses atletas têm de exercer sua cidadania e de provar ao mundo que tudo é possível. De mostrar para si mesmos que são capazes de fazer o que os outros fazem e superar os limites do corpo e da mente. Os jogos mostram que o preconceito da sociedade em relação a essas pessoas é algo totalmente sem fundamento, pois eles usam seus próprios limites como uma meta a ser superada, e aquilo que os outros consideram como sua maior fraqueza é, na realidade, a sua força e determinação. Os limites não são o fim da linha, mas o começo de uma longa estrada. Uma estrada que os Jogos Paralímpicos proporcionam àqueles que, até pouco tempo atrás, não tinham oportunidades.

Eduarda Luiza Hanauer Aluna do Curso Técnico de Química Fundação Liberato

Eduarda Luiza Hanauer
Aluna do Curso Técnico de Química
Fundação Liberato

Os valores consolidam a vitória

Neste ano de 2016, os jogos olímpicos de verão finalmente chegarão à América do Sul, no Brasil. Esse grandioso evento esportivo, que envolve 10500 atletas de 206 países, fará os olhos do mundo recaírem sobre o Rio de Janeiro.

Com o espírito olímpico, os valores dessa milenar competição se destacam. O respeito, a amizade e a excelência são atos de muita importância, que precisam se sobressair para qualquer atleta, seja ele profissional ou não. Essas simples palavras são o mínimo exigido de um campeão dentro do meio olímpico. Ele, além de se dedicar para dar o seu máximo, deve sempre seguir tais valores, para, assim, se tornar cada vez melhor.
Com isso, compreendendo também o seu valor no mundo, bem como o significado do lema olímpico e da própria tocha, esse atleta já se torna um campeão. E ele não pode se esquecer ainda da união que há entre os cinco continentes durante a competição, que a própria bandeira olímpica faz questão de mostrar a todos.
É de extrema importância saber lidar com este todo: valores, princípios e objetivos, algo imensurável, mas que compõe cada um dos atletas olímpicos. Esses elementos levam-no ao sucesso e, acima de tudo, à sua superação.

Assim, percebe-se que os valores olímpicos são indispensáveis a um campeão, no âmbito dessa competição. O segredo para esse objetivo está aí. Resta-nos apenas esperar que esses jogos sejam um sucesso em nosso país, sendo imunes à violência, a trapaças e a demais possíveis falhas.

João Vítor Acorsi Aluno do Curso Técnico de Eletrônica Fundação Liberato

João Vítor Acorsi
Aluno do Curso Técnico de Eletrônica
Fundação Liberato


REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Documento orientador: concurso de redação: “O Brasil e os Jogos Olímpicos”. 24 mar. 2016. Disponível em: http://pddeinterativo.mec.gov.br/pddeinterativo2015/arquivos/Orientacoes_
Concurso_Redacao_Rio2016.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2016.

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