e por falar em saudade…

Durante a trajetória da Fundação Liberato, muitos jovens passaram pela Instituição, construindo fortes vínculos afetivos e experiências formativas que contribuíram significativamente para as suas vidas e as suas escolhas profissionais. Da mesma forma, vários servidores ajudaram a fazer essa linda história de 50 anos ao tempo em que as suas próprias vidas faziam história.

Publicamos alguns depoimentos da comunidade escolar, recebidos através do site Liberato 50 Anos, para demonstrar o carinho e o reconhecimento à Liberato, que seguem por toda a vida!

Carmem Beltrame
Maria Inês Zulke
Fundação Liberato

 

No ano de 2001, ingressei na Liberato cheio de expectativas e ansioso pelo que estava por vir. Engana-se quem imagina que, por ser uma escola técnica, o lado humano é esquecido, desde o primeiro dia até minha última aula fomos incentivados a pensarmos e agirmos como cidadãos, e isso é cada vez mais importante na vida. Das inúmeras atividades proporcionadas pela escola, guardo com enorme carinho as gincanas, tive o privilégio de ser líder de equipe por dois anos, e hoje, olhando para trás vejo que aplico muitas coisas que aprendi naquelas gincanas para minha vida. Ao receber os estagiários na empresa em que estou, não consigo disfarçar a felicidade quando algum diz que estudou na Liberato, principalmente, se tiver cursado Mecânica e ainda mais se amar a Máfia da Graxa como amo. Os anos passam rápido demais, mas ainda são vivas as lembranças de cada dia vivido naquela escola. Hoje, tenho como recordação as amizades que duram desde a T 3123, meu apelido, os conselhos dos professores e a cor laranja que nunca vai sair do meu coração. Obrigado, Liberato, tu é a melhor recordação da minha adolescência e vou honrar teu nome por toda a vida. Adriano (Xuxa).
Adriano da Silva Henrique

Muito obrigada, Liberato, por tudo! Os melhores anos de minha vida foram vividos contigo! Tudo o que tenho e o que sou devo a ti, minha eterna paixão!
Marlise Cornelius

A despedida foi há poucos meses, hoje quando escrevo não tenho mais vínculo ativo com a escola, sou, como preenchi nesse formulário, “ex-aluna”. Dizer adeus Liberato foi como se despedir de um grande amigo, ambos vão ficar bem e seguir seus caminhos, eles vão acompanhar um ao outro de forma remota, pelas redes sociais, por outras pessoas, eles não vão se esquecer. A Liberato marca a vida de todos os alunos, pois é lá que nós crescemos, e não o crescimento que medimos em centímetros ou em dentes permanentes, mas o crescimento como seres humanos. Sei que foi a mais sábia escolha que alguém do alto de seus 13 anos de idade poderia tomar. Digo isso com a propriedade de quem não sofreu nenhuma pressão da família quanto à escolha da escola e agradeço àquela menina de seis anos atrás, que estudava todas as tardes depois das aulas para se preparar pra prova de seleção. E aquela sensação de esforço que valeu a pena hoje vive em mim. Hoje tenho mais consciência de quem eu sou e eu gosto, sei que muito do que me forma é oriundo dos mestres que tive. É o que eu quero me tornar, professora. Graças a influências que sofri de grandes pessoas que conheci na Fundação Liberato, hoje tenho certeza do que eu quero ser quando crescer, pergunta que sempre me intrigava, mas agora ficou no passado. A Liberato pra mim, vai sempre ser um terno amigo, que me ensinou muito, que trouxe pessoas lindas pro meu convívio, que me oportunizou participar da maior feira para jovens cientistas da América do Sul, que me preparou para os desafios que enfrento e que vou enfrentar.
Daniela Sesterhenn Bischoff

Dentro da Liberato, vivi meus melhores momentos, conheci meu “Príncipe encantado”, descobri o que eu queria do futuro e cada ano que passa, eu aprendo mais a ser uma menina comprometida e responsável em tudo o que faço. Nunca conheci algo que me levasse aos extremos de sentimento, de amor e ódio, e o “Libas” me fez passar por tudo isso com uma vontade de nunca deixar esse lugar, mas ao mesmo tempo querer estar bem longe dele. Não é à toa que o lema é um caminho, uma escolha e um futuro. Um caminho com tempestades e dias de sol, com estradas que levam a caminhos que nunca pensamos ir. A escolha, nem sempre vem de nós alunos, mas com o passar do tempo, passa ser “a melhor escolha que alguém já tomou por nós”, os pais sabem o que estão fazendo. E o futuro? Ah! O futuro é tão rápido, entramos como bixos, achando que levará muito tempo para chegar neste futuro promissor, e quando percebemos, estamos ali, na véspera de sair para o mundo grande, sem precisar pedir uma “autorização do SAE”, mas agora tomando conta do nosso próprio nariz com uma bagagem que enchemos durante nossa jornada, neste lugar que além de gigante, proporciona cenas inesquecíveis (quem já viu o pôr-do-sol no gramadão sabe do que eu falo), ou simplesmente ver o dia passar pela janela lá da sala “166” na primavera, com aqueles ipês floridos e coloridos que, no fim do trimestre, iluminam as caras daqueles que estão desesperados… Enfim, este lugar tem há 50 anos deixado lembrança em todos que por lá passam, quer sejam boas ou ruins. E eu ainda estou lá vivendo o que ainda tenho para aprender.
Victória Raupp

Fotografia: “A beleza da transformação” – Giovana Moreira de Souza – Aluna da Fundação Liberato

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