O poeta Ferreira Gullar nos disse um dia que “a arte nasce porque a vida não basta”, pensamento que nos leva pelo caminho da criação. Entendemos como criação a ação humana de dar existência ao que ainda não existe e, se essa ação for exercida com criatividade e talento, temos a arte dando sentido à vida.
Uma edição nasce assim, da ação criativa que pretende trazer o belo para preencher nossos momentos de lazer, de leitura, de construção da cultura, enfim. Nesta 17ª edição, não foi diferente, procuramos trazer os talentos de nossos alunos e servidores para enriquecer ainda mais o dia a dia, que nos parece, às vezes, desprovido de beleza e harmonia.
Estamos em 2017, ano em que a Fundação Liberato comemora os seus 50 anos, completados em 12 de abril, e que contou com atividades culturais alusivas à data. Para nos integrar a esse espírito festivo, organizamos uma edição que traz algumas dessas comemorações.
Uma das atividades mais importantes, finalizadas neste ano, foi a elaboração do livro Liberato 50 anos, o primeiro livro da Instituição, organizado por um grupo de servidores. Eles nos contam no texto “Sobre nós e os outros nós” como foi esse processo de criação coletiva. Também trazemos a entrevista com o Diretor Executivo, Leo Weber, elaborada pelos colegas que integram o Núcleo de Educação, Cultura, Esporte e Ciência & Tecnologia e alguns depoimentos de ex-alunos e ex-servidores. Além disso, somos brindados com o ensaio fotográfico de Marcelo Filimberti e com os trabalhos das primeiras séries dos cursos diurnos, orientados pelas professoras Margareth Weber e Martina Cassel Meurer, ambos referentes aos 50 anos da Liberato e que podem ser vistos, na íntegra, na Galeria da Revista.
A palavra do Coordenador da MOSTRATEC está em “A escola e seu papel na constituição da sociedade”, em que ele reflete sobre as experiências marcantes vividas no ambiente escolar. Apresentamos a resenha feita sobre a peça “Doroteia”, de Nelson Rodrigues, e o relato que aborda o Curso de capacitação para a promoção do respeito à diversidade e enfrentamento da discriminação por gênero e orientação sexual na escola. Outro relato presente é o “Troca-troca muda o mundo”, atividade organizada por servidores da Biblioteca.
Entre os artigos, aparecem “LDB 20 anos depois: o debate continua”, “A pesquisa como ferramenta pedagógica na Fundação Liberato” e “Como construir um pequeno laboratório de máquinas elétricas de baixo custo e boa eficiência”.
Compõem, ainda, esta edição as entrevistas com dois palestrantes do SIET/2016, cuja temática foi “Educação, Tecnologia e Sociedade”. O Prof. Dr. André Luiz Olivier da Silva, que abordou o tema “Ética e Tecnologia na Educação” e a Profª Drª Natalia Pietra Méndez, que explorou o tema “Gênero, Escola e as Escolhas Profissionais”.
No campo da literatura, vamos nos encontrar com os textos que integram o Liberarte 2017: os poemas “Teorema da saudade”, “Reacciones” e “Words and worlds” , representando os primeiros lugares em Língua Portuguesa, Língua Espanhola e Língua Inglesa respectivamente. Do Liberarte, saem também o conto “Um nome composto” e a crônica “Oi, quer ficar para um café?”, ambos colocados em primeiro lugar no concurso da escola.
Além dos textos presentes nesta versão impressa, temos outros que serão veiculados apenas na versão digital. São eles: os relatos “O respeito à diversidade, somos todos humanidade”, “Radioatividade e Biologia: o que aprendo com isso?” e “Projeto: de leitor, contador e louco todo mundo tem um pouco”. Mais o artigo “Alumínio: envenenamento voluntário” e a carta-crônica “Caro amigo”, em que o autor conversa com seu amigo que está passando por um momento difícil.
As sugestões de leitura e de filmes estão na Galeria. Confira!
Esperamos que você curta o que preparamos para você nesta edição.
Boa Leitura!
Carmem Bica Beltrame
Professora de Língua Portuguesa
Fundação Liberato