O Dia do Químico sempre é uma data comemorada de forma especial no Curso Técnico de Química da Fundação Liberato. Momentos de aprendizagem intensa, especialmente para os estudantes de primeiro e segundo anos do Ensino Médio. São horários dedicados a palestras, mesas redondas, relatos de experiência, entre outras atividades que incentivam os estudantes no seu processo de aprendizagem e geram uma satisfação aos docentes por contribuírem de forma tão significativa na formação de futuros profissionais.
Já em experiência anterior, desafiei os alunos a desenvolverem uma visão interdisciplinar, relacionando o assunto da palestra assistida com o conteúdo da disciplina de Biologia. Tivemos um resultado satisfatório! Novamente, em 2018, tivemos essa oportunidade com as turmas 1112, 1124 e 1223. E o resultado, não poderia ser diferente: algumas dezenas de redações contemplando a reflexão e busca de novos conhecimentos. Neste espaço, uma pequena amostra do entusiasmo deles!
Aproveitem e aprendam junto!
Crimes ambientais: até quando o homem destruirá a natureza?
Durante a Semana do Químico, na Fundação Liberato, ocorreram diversas palestras com assuntos de extrema relevância relacionados às disciplinas de Química e Biologia. Um dos assuntos abordados foi a questão do crime ambiental. Essa palestra foi realizada pela Diretora Geral do Instituto de Perícias do Rio Grande do Sul – IGP, Heloísa Kuser, formada em Biologia e com Mestrado em Paleontologia. Ela abordou diversas questões e situações que acontecem no nosso cotidiano e que são classificadas como crimes ambientais de que, muitas vezes, não nos damos conta.
Nessa palestra, foi-nos mostrado o que seria um crime ambiental e o que essa definição abrange, além de mostrar qual a função de um perito criminal e os equipamentos utilizados por ele. Heloísa, também trouxe dados e situações reais, para que tivéssemos uma melhor percepção da dimensão dos estragos que os crimes ambientais trazem para o meio ambiente e que acabam nos influenciando diretamente.
Diversas vezes ao longo da palestra, Heloísa traz a Biologia à tona, em razão de se estar falando do meio ambiente, um dos focos de estudo da disciplina. Ela começa exibindo um panorama geral dos tipos de crime ambiental existentes hoje em dia. O primeiro assunto que ela apresenta é a questão da poluição. Foram apresentados dados sobre o nível de poluição que é tão alto hoje em dia, capaz de formar uma grande ilha que corresponde a três vezes o estado de Minas Gerais e está localizada entre o estado da Califórnia e o Havaí. A palestrante ressalta também o quão difícil é de se reciclarem plásticos e a quantidade de animais que são prejudicados por este tipo de lixo.
Outro problema ambiental comentado na palestra é a degradação do solo agrícola. Essa prática é fruto da má irrigação, da compactação e do uso excessivo de produtos químicos no solo. Tudo isso nos afeta, pois os produtos químicos acabam atingindo o lençol freático, de onde é retirada a água que consumimos em nossas atividades diárias. Heloísa utiliza como exemplo, o famoso desastre de Mariana, ocorrido em 2015, onde houve o rompimento de uma barragem que resultou na poluição do oceano devido aos produtos químicos presentes nela. Esse acidente ocasionou a morte de 17 pessoas e nenhum dos responsáveis pelo desastre foi responsabilizado.
Por fim, após assistir à palestra e buscar informações para me inteirar mais sobre esse assunto e realmente entender o que ocorre no meio ambiente à minha volta, sinto que aprendi sobre a importância de cuidarmos e de darmos atenção ao que é nosso: o meio ambiente. Essa palestra me alertou para entender o quão uma atitude, como não separar o lixo de forma correta, que parece ser uma coisa tão banal, reflete na nossa qualidade de vida. Portanto, acredito que a iniciativa de se ter uma Semana do Químico é de suma importância, pois permite discutirmos sobre assuntos que fazem parte do nosso dia a dia, mas que muitas vezes, não são debatidos.
Química e meio ambiente
Em função das atividades relativas à Semana do Químico, que ocorre todo mês de junho na Fundação Liberato, no dia 19 de junho (terça-feira), foi realizada uma palestra na escola intitulada ‘’Crimes Ambientais e Perícia’’, ministrada pela diretora do Instituto Geral de Perícias, Heloísa Kuser. O objetivo da palestra era apresentar os principais crimes realizados contra o meio ambiente pelas grandes indústrias, corporações e população em geral, tais como poluição dos mares e oceanos, desmatamento, descarte inadequado de resíduos e degradação dos solos agricultáveis, entre outros. Um dos temas da palestra também foram os aspectos jurídicos relativos a tais crimes, como as leis e as normas que criminalizam esses atos e estipulam as penas e multas a serem aplicadas. Houve também um tempo dedicado a um relato sobre a rotina de trabalho de um perito criminal.
Durante a apresentação dos assuntos, a palestrante buscou explicar, de maneira bastante clara, a forma como os crimes ambientais podem afetar diretamente a vida das pessoas, e um dos assuntos explorados foi a contaminação dos solos pelo uso de agrotóxicos. Quando um agente químico é aplicado em uma cultura, grande parte da substância acaba infiltrando-se no solo, contaminando lençóis freáticos e, consequentemente, rios e lagos, cuja água é captada para o consumo da população. Na verdade, esse processo ocorre com qualquer substância química aplicada de forma incorreta no meio ambiente, devido ao ciclo natural da água. Logo, qualquer alteração ambiental pode causar sérios impactos. Outro aspecto apresentado foi a respeito dos danos à saúde humana causados pelos agrotóxicos. Há informações que apontam muitos casos de câncer nos municípios rurais do Rio Grande do Sul, o que está diretamente relacionado ao alto consumo de agrotóxicos no estado.
Um agrotóxico é uma substância química utilizada como defensivo agrícola em uma plantação, protegendo-a de possíveis doenças causadas por fungos, insetos e pragas. Porém essa substância tem a capacidade de agir sobre o DNA humano e alterar algumas partes, algo que é extremamente perigoso. O DNA é uma molécula composta por carboidratos, fosfatos e bases nitrogenadas e que se encontra no núcleo das células. Cada traço de DNA guarda as instruções para a produção de uma proteína, que é uma substância que controla todo o metabolismo celular e determina a estrutura e o funcionamento das células. Logo, quando alguma parte dessa molécula sofre uma alteração, chamada mutação genética, todo o funcionamento da célula é alterado também, característica que ainda é transmitida para as células-filhas no momento da duplicação. E é aí que está o problema. O câncer é uma doença relacionada a uma mutação que ocorre com uma célula saudável, que passa a funcionar de maneira errada, mais precisamente, a se duplicar de maneira excessivamente rápida, o que pode originar um tumor, que é um acúmulo de células cancerosas, que ainda podem espalhar-se para outras partes do corpo. Todo esse processo é causado por essa alteração do DNA decorrente do uso incorreto de agrotóxicos.
A palestra tratou de temas bem interessantes relacionados à Biologia, Química e sustentabilidade e que foram apresentados de maneira bastante clara e objetiva. É muito importante trazer mais visibilidade a assuntos ligados ao meio ambiente e a tudo o que está ocorrendo com a natureza, pois qualquer intervenção irá trazer grandes consequências a curto e a longo prazo. São temas que, muitas vezes, não são tão noticiados, mas que estão extremamente presentes em nosso cotidiano e afetam de maneira direta as nossas vidas. A palestra foi interessante principalmente para nós, alunos do curso de Química, que futuramente iremos trabalhar com questões ambientais e ecológicas. Logo, é importante conhecermos a real dimensão dos problemas e crimes perpetrados contra o meio ambiente, de forma que, no futuro, possamos encontrar soluções inovadoras para tais problemas e, claro, nos tornarmos cidadãos conscientes e responsáveis.
Semana do Químico incentiva conscientização ambiental
De 18 a 21 de junho de 2018, a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha proporcionou a seus estudantes do Curso Técnico de Química diversas palestras e mesas redondas, com o intuito de celebrar o Dia do Químico. No dia 19 de junho, terça-feira, no auditório da Fundação Liberato, a turma 1124 participou de uma palestra sobre Crimes Ambientais, a qual foi ministrada por Heloísa Kuser, coodernadora do Instituto Geral de Perícias – IGP.
Durante a palestra, foram abordados os seguintes temas: desmatamento, ocupação irregular, acúmulo de resíduos nos oceanos, contaminação das águas continentais, locais e funcionamento de aterros sanitários e degradação do solo. Os assuntos discutidos na palestra são igualmente importantes para a área da Biologia, visto que envolvem o meio ambiente.
Degradação do solo, desmatamento e ocupação irregular se relacionam a partir do momento em que a intervenção do homem nesses três processos causa a sua degradação, ocasionando inúmeros malefícios ambientais. Um exemplo que podemos citar é a tragédia em Mariana, quando ocorreu o rompimento da Barragem de Fundão. Esse rompimento deve-se à alta pressão que os resíduos exerciam sobre a barreira. Caso ainda houvesse vegetação abrangente, ela poderia ter evitado a passagem de boa parte dos resíduos até o Rio Doce.
Acúmulo de resíduos nos oceanos, contaminação das águas continentais e locais e funcionamento de aterros sanitários são assuntos que estão interligados, pois desde o lixo que o ser humano descarta (seja em sua residência, em um parque, na praia ou até mesmo em uma mesa de bar) quanto os resíduos liberados por grandes indústrias (provenientes do processo da sua produção), quando não tratados de maneira correta, acabam por contribuir para a degradação do meio ambiente, ocasionando a destruição do habitat de todos os seres. Uma preocupação atual da contaminação dos oceanos por resíduos plásticos são as consequências catastróficas sofridas pelas tartarugas marinhas. Um estudo internacional na Austrália revelou que mais da metade das tartarugas marinhas do mundo já ingeriram plásticos e outros lixos produzidos por seres humanos, deixando-as feridas e até mesmo causando a sua morte.
A partir dessa palestra, tive oportunidade para refletir e repensar sobre os cuidados com o meio ambiente e se realmente estou tendo uma postura correta quanto a esse assunto. É deprimente pensar que o ser humano só se preocupa em cuidar do planeta quando lhe convém, ao invés de ser algo rotineiro. Durante a pesquisa, aprofundei meus conhecimentos sobre os temas abordados na palestra e aproveito a oportunidade para repensar minhas atitudes, como por exemplo, não mais utilizar canudos plásticos, contribuindo, assim, para a preservação da natureza.
Crimes ambientais: um problema deixado de lado
A cada dia no Brasil, as denúncias de infrações ambientais têm aumentado gradativamente, desde o que pode parecer algo pequeno e inofensivo para a flora ou fauna brasileiras, como cortar uma simples árvore ameaçada de extinção, podendo causar um desequilíbrio ambiental. Por esse e outros motivos, a coordenadora do IGP, Heloísa Kuser, foi convidada para palestrar sobre os crimes ambientais, no dia 19 de junho, no auditório da Fundação Liberato.
A palestrante iniciou sua apresentação, relatando que começou sua carreira em uma outra área da perícia, mais especificamente na criminalística, mas, por fatores de interesses e de curiosidade, ela foi para a área de perícia ambiental. De acordo com Santos (2018), a perícia ambiental:
[…] destina-se à avaliação dos danos ambientais, que são todas as alterações dos elementos e sistemas da natureza produzidas pela ação antrópica ou natural, que venham a prejudicar suas condições originárias, alterando-os ou degradando-os. Por sua vez, o dano ambiental produzido pelo homem proporciona o direito à sociedade de exigir do agente causador uma reparação. Exige-se para esta perícia uma equipe multidisciplinar, pois as questões ambientais envolvem várias áreas do conhecimento humano.
A prática da perícia ambiental é recente, pois os direitos ambientais e a legislação principal de proteção ambiental são novos no Brasil. Ela explicou, também, sobre o caminho do lixo que é despejado incorretamente e que vai parar nos mares. Por esse motivo, existem ilhas de lixo nos oceanos, o que mostra a importância da separação e da coleta do lixo, e, como a forma ilegal de criar aterros pode prejudicar uma cidade inteira.
A palestrante relatou alguns crimes que vivenciou em sua carreira, e alguns apontam diretamente para desastres naturais sobre desmatamento ciliar. Isso nos influencia diretamente, pois temos a grave realidade de tratamento da água para que se torne viável ao consumo. A fauna e a flora brasileiras também são importantes para a nossa vida, pode parecer que elas não interfiram na nossa vida, mas esse pensamento está muito errado. Você consegue imaginar o mundo sem árvores e sem água potável? Então, a resposta objetivamente é não, o que mostra a importância da preservação do meio ambiente.
Os crimes ambientais estão ligados diretamente com a disciplina de Biologia, já que se trata da flora e da fauna, o que está totalmente relacionado com ecologia. Segundo Pozzana (2018):
A Ecologia é a ciência que estuda o meio ambiente e os seres vivos que vivem nele, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição. As interações podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente.
Por ter essa ligação, a preservação e a conscientização do meio ambiente é um assunto muito debatido na Biologia. Por sofrer pelas atrocidades que o ser humano pode fazer com o meio ambiente, a Biologia não pode prender um indivíduo que lhe cause alguma criminalidade. Quem pode fazer isso são as autoridades, que necessitam de provas concretas. Esse é o papel da perícia ambiental, que, com auxílio do conhecimento de Biologia, saberá apontar os danos que este indivíduo causou, e a consequência é que ele pagará por suas ações.
Consegui aprender muito com essa palestra, inclusive rever conceitos já aprendidos no meu período de monitor ecológico no ensino fundamental. A palestra foi de grande importância para servir de alerta para as pessoas, mas também serviu de uma forma que cada um se questione sobre esse assunto, que é tão pouco discutido no dia a dia, e que consiga refletir.
Devemos repassar os cuidados e a importância da proteção ao meio ambiente para as crianças também. Não pense que, por ser criança, não tem que colaborar com o meio ambiente, todos temos os mesmos direitos e deveres. O meio ambiente é algo coletivo; dessa forma, então, todos devemos cuidar dele. Se cada um fizer a sua parte, vamos transformar o mundo em um lugar melhor, nunca é tarde para começar a fazer o correto.
REFERÊNCIAS:
POZZANA, Marco. Ecologia. Disponível em: <http://biologo.com.br/bio/ecologia/>. Acesso em: 30. jun. 2018.
SANTOS, Antonio Silveira Ribeiro dos. Perícia ambiental. Disponível em: <http://www.aultimaarcadenoe.com.br/pericia-ambiental/>. Acesso em: 30. jun. 2018.
O que você já fez pelo meio ambiente hoje?
No dia 19 de junho de 2018, na Fundação Liberato, devido às comemorações do Dia do Químico, ocorreu uma palestra no auditório, conduzida pela perita criminal ambiental, Heloísa Kuser, cujo tema foi referente aos crimes ambientais e à perícia.
A palestra abordou temas como os inúmeros tipos de crimes ambientais, infrações ao meio ambiente e como são punidas, como funciona a perícia de lugares denunciados e quais os danos que esses crimes ambientais trazem para o homem.
Crime ambiental é qualquer ato que possa, de alguma maneira, ferir a natureza, tornando-a um meio débil, frágil. A Constituição Brasileira de 1988 reconhece o direito a um meio ambiente livre de atos criminosos, com qualidade, em que atos que a degradam sejam condenados e indiciados como crime. Qualquer ação que venha a ser danosa a elementos formadores da natureza, como os animais e a vegetação, matérias-primas e recursos naturais é considerada crime ambiental. Criar uma lei que defenda todo um ecossistema se torna beneficiária para todo o país, fazendo com que ele seja capaz de defender seu ambiente e seus recursos. Quando se tem uma empresa, deve-se averiguar para que não haja descarte irregular de resíduos, seja por meio de rios ou por meio de emissões atmosféricas.
Tudo aquilo que possa vir a contaminar a água potável, que já é tão escassa, através dos lençóis freáticos é considerado crime; tudo que for transmitido ao ar e que ultrapasse o limite estipulado de partículas prejudiciais ao meio, é considerado crime. Tráfico de animais silvestres, danificação de seu criadouro inicial ou qualquer ato que venha a ser danoso à fauna é considerado crime, assim como qualquer ato que venha a danificar a área de preservação permanente, afetando a flora e podendo provocar mudanças climáticas, alterações em nascentes e erosão.
O meio ambiente é repleto de fauna e flora e para que seja sempre assim, todos devem ter plena consciência de evitar atos malignos a esse meio. Certos crimes poderão acabar com essa natureza tão rica e tão frágil ao mesmo tempo. Todos são responsáveis por aquilo que lhes pertence e que os favorece; em vista disso, o correto deve ser que cada um cuide de sua parte e que todos cuidem do todo, para que assim, não faltem recursos, a fauna não seja extinta e a flora não seja desmatada. Denunciar atos ilegais é obrigação de todo homem, pois a natureza não é só de uma pessoa, a natureza é de todos, e é tudo.
A palestra apresentada ressaltou que devemos cuidar do meio em que vivemos, devemos dar importância, sim, ao descarte incorreto de lixo, ao desmatamento, à poluição e tudo que venha a ser danoso ao meio ambiente. Está na hora de tomarmos atitudes corretas, para que possamos evitar mais problemas, tanto a nós quanto à natureza. Agradeço à Semana do Químico, que nos proporciona todos os anos palestras interessantes dos mais diversos temas relacionados à Química e Biologia, as quais abordam temas que nos fazem perceber a importância de tudo ao nosso redor.