Uma breve trajetória da Revista Liberato

Os avanços da ciência têm favorecido reflexões sobre os processos de pesquisa e de produção científica. No que tange à  produção científica, dois aspectos merecem destaque: o primeiro é o da prestação de contas dos pesquisadores para com a sociedade; o segundo é a troca de informação entre cientistas, dependentes de alianças para formar redes que não se destinam somente ao intercâmbio de informações, mas também à  formação de um esquema operacional para dar suporte à  construção do conhecimento, mobilizando recursos humanos e tecnológicos necessários ao desenvolvimento. Alianças que realimentam a produção de novos conhecimentos.

Diante da possibilidade de construção de conhecimento, a comunidade Liberato pode se orgulhar de possuir uma revista científica – a Revista Liberato. Nas versões impressa e on line, a Revista vem sendo um espaço para a divulgação de dados que se transformam em informação e, consequentemente, em conhecimento. E ainda, há onze anos, de forma crescente, a Revista Liberato vem aprimorando o seu trabalho e ganhando espaço na divulgação de resultados de pesquisas nos meios acadêmicos em âmbito nacional e internacional.

Historicamente, o sonho de valorizar o trabalho e a pesquisa do professor da Liberato teve início em 2000. Vale lembrar que, naquele ano, um grupo de professores da Fundação resolveu dar o “pontap锝 inicial na 1ª edição da Revista Liberato. Foi exatamente na semana da MOSTRATEC, durante o Seminário Internacional de Educação e Tecnologia (SIET), que ocorreu a distribuição dos primeiros exemplares da revista, feitos de forma bastante artesanal. Na verdade, a Revista Liberato surgiu internamente para garantir outro espaço institucional, além da sala de aula. Do ponto de vista externo, a Revista seria um meio de divulgar e socializar a produção de conhecimento desenvolvido em uma escola técnica estadual. Em outras palavras, a Revista Liberato passaria, assim, a dar mais visibilidade e valorização ao processo ensino e aprendizagem ao que se produzia na sala de aula e nos laboratórios da Fundação, abrindo assim novas possibilidades.

Com o pioneirismo da época, o grupo idealizador da Revista queria avançar. Precisou, então, da assessoria de parceiros da UFRGS e da USP. Parceiros que, a partir da 2ª edição, auxiliaram na organização do 1º Comitê Editorial e, consequentemente, na indexação da Revista Liberato. Assim, por volta de 2001, com o advento do periódico científico no país, a Revista se juntava a 104.000 revistas técnico-científicas brasileiras indexadas.

Atualmente, dada as demandas que uma publicação científica requer, obviamente que a Revista Liberato precisa avançar. Por parte do DPPI (Departamento de Produção e Pesquisa Industrial), onde nasce a Revista Liberato, precisamos potencializar esforços para a construção de saberes que tornem visível o trabalho dos autores. Bem sabemos que os autores/pesquisadores não estão interessados em fazer lucro com as suas pesquisas, mas em ver as suas pesquisas lidas, citadas e usadas. Tarefa complexa que pode se tornar simples, quando se estabelecem relações amistosas entre todas as partes envolvidas com as questões da pesquisa e da publicação – comprometidos eticamente.

A publicação da Revista Liberato por todos esses anos, leva-nos ao reconhecimento da evolução da revista. É bem verdade que a Revista que vemos hoje é o resultado do esforço e investimento pessoal de muitos profissionais de dentro e fora da Fundação Liberato. Nesse sentido, um agradecimento especial a todos aqueles que acreditaram, dirigiram, organizaram e dedicaram horas e horas para confeccioná-la, mesmo que manualmente. Não posso deixar de mencionar seus leitores, também. Sem eles, não existiria a possibilidade, o acontecimento.

Elizabete Kuczynski Nunes professora da Fundação Liberato

Elizabete Kuczynski Nunes professora da Fundação Liberato

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