Uma das tecnologias trabalhadas na disciplina de Processos Industriais, no 4º ano do Curso Técnico de Química da Fundação Liberato, é o tratamento de água.
Como proposta de trabalho sobre esse assunto, foi apresentado aos alunos o desafio de, a partir dos seus conhecimentos prévios e também daqueles adquiridos na disciplina, utilizarem sua criatividade e suas inquietações internas para participar desta edição da Revista Expressão Digital. Veja nos links abaixo.
Quatorze alunos aproveitaram a oportunidade para brindar os leitores com suas produções. Jênifer Thaís Graebin nos traz o caminho da potabilização da água a partir da água obtida nos mananciais. Pela mesma linha, Gabriela Gräwer nos convida a expandir o olhar para outras utilizações da água, chamando a atenção para o papel chave dos profissionais da química nesse processo. Já os alunos Ana Caroline Becker, Bruna dos Santos, Gabriela Tayane Pedroso e João Gabriel de Sousa Figueira expressam em uma charge as atuais condições do principal corpo hídrico que abastece nossa região – o Rio dos Sinos está em condições alarmantes há muitos anos. Denúncia, indignação e a co-responsabilidade por essa situação estão presentes também no texto da aluna Marcelle Gressler: sim, a culpa é de todos e, portanto, de cada um também!
O Planeta Terra possui uma quantidade exorbitante de água, mas apenas uma pequena parcela dessa água poderá se tornar potável ou tratada. Todas as funções tanto em nossas casas como nas grandes indústrias, necessitam de água para que haja um funcionamento adequado. Mas, para que todos recebam a água em condições de uso, é necessário um tratamento de potabilização e é desse conceito que grande parte da população não possui conhecimento.” Jênifer Thaís Graebin – Aluna do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
Fonte de vida, matéria-prima e solvente universal, a água recebe diversos nomes, que são poucos para expressar sua elementar importância para o meio ambiente, para a sociedade e para a vida. Gabriela Gräwer – Aluna do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
Ana Caroline Becker, Bruna dos Santos, Gabriela Tayane Pedroso e João Gabriel de Sousa Figueira – Alunos do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
A caminho da casa da “vó do interior”, que mora no interior de Santo Antônio da Patrulha, passamos pela maldita “ponte do rio que cai”. É, sempre a mesma piada. Mas vamos fazer o quê, se a ponte parece construída exatamente para isto: para cair. De madeira, antiga, dentro de um rio, pintada de branco “descascando”, exposta a todo tipo de intempéries, enchentes, poluição e com largura apenas para um carro e meio pescador.” Marcelle Gressler – Aluna do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
Alessandra Andrade Lopes, Josiane Karina de Oliveira Bialoso, Marcos Braga de Oliveira e Mariane Matos alertam: “A cidade joga todas as suas dores na água que segue o seu caminho sem reclamações”. Assim, entre um copo d’água e outro, alargam a compreensão sobre o tema além da simplificação minimalista de sua fórmula química.
Saudade de quando a água era apenas H2O. Simples, reconhecida por todos e de grande importância. A fórmula, bastante difusa pelo mercado pouco diz sobre o que realmente é a água. Para sermos sinceros, a maior parte das pessoas não sabe o significado de H2O. Para essas pessoas, H2O significa água e água significa “algo que eu bebo quando estou com sede”. Alessandra Andrade Lopes, Josiane Karina de Oliveira Bialoso, Marcos Braga de Oliveira e Mariane Matos – Alunos do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
Há mais do que dores na água, entretanto. Há uma beleza que persiste aqui e ali. Beleza que merece ser preservada, conhecida, apreciada. “E não só a beleza da água em si, mas também o que ela traz”. Assim Natália Carniel e Thaís Barth nos convidam ao deleite no “esplendor líquido”.
A água em meio à vida viaja quieta e tímida, seguindo seu percurso, passando por obstáculos, dando vida. E a beleza vem em seguida, devido a sua calma, generosidade e tranquilidade. E nós somos meros imortais apaixonados pela sua beleza. Natália Carniel e Thaís Barth – Alunas do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
Por fim, os tons de poesia são dados pela aluna Paloma Schmidt Marques. Com pouco, diz-se muito, provoca-se mais ainda. Sede? Saudade?
Água para matar a sede,
O sono,
O calor. – Paloma Schmidt Marques – Aluna do Curso Técnico de Química – Fundação Liberato
Agradeço aos alunos que vieram pichar neste mural suas inquietações. Em especial à turma 1411, responsável pela imensa maioria das contribuições. Como profissionais da Química, cada vez mais os temas “reciclagem”, “reaproveitamentos”, “racionalidade” na gestão de recursos naturais tão valiosos como a água estão na pauta diária de todas as atividades. Não é o futuro, são já as consequências de um passado inconsequente, aquilo que enfrentamos. Vide os conflitos estabelecidos pela seca na região mais rica de nosso país…
Já está acontecendo…
André Luís Viegas – Professor do curso de Química – Fundação Liberato