TRAJETÓRIAS DE VIDA: Formas de Viver, Trabalhar e de Estudar na Liberato

 

Somos a continuação de um fio que nasceu há muito tempo atrás… Vindo de outros lugares… Iniciado por outras pessoas… Completado, remendado, costurado… Continuado por nós. (MUNDURUKU, 2002, p. 41).

 

Todos construímos trajetos, trajetórias, caminhos, percursos. O que torna diferente e especial o caminho de cada um/uma é a forma como nossa alma toca o fio que tece essa teia da vida. Somos seres inconclusos e com muito a aprender. E por ser inquietante, a história precisa buscar descobrir o passado que a memória carrega em si sem saber. A memória nos oferece vestígios para se (re)compor o passado e permitir uma leitura do presente. E, conforme o filósofo francês, Paul Ricouer (2009), o referente derradeiro do discurso da história é a ação social em sua capacidade de produzir laços sociais e identidades.

O Grupo de Trabalho Trajetos: Espaços e Tempos da Liberato (GT Trajetos) surgiu a partir de uma proposta da Diretoria de Recursos Humanos, ligada diretamente ao patrimônio intelectual e emocional de seus servidores. Assim, o GT Trajetos busca vitalizar espaços de convivência, afinado com os objetivos do Planejamento Estratégico de Políticas de Recursos Humanos na promoção, capacitação, valorização e comprometimento das pessoas, coadunando-se também com a Missão da Liberato.

Entre os “trajetos” do GT Trajetos, estão listadas ações cujo foco central é sempre destinado a abrigar a história viva da Instituição, ou seja, a história de seus servidores e do significado desta e de seus espaços em suas vidas. A Liberato é uma obra aberta, que se reinventa a cada história contada, a cada encontro que promove.

Assim, desde 2012, estamos propondo ações e projetos, momentos de encontro e rememoração que traduzem a história institucional e de seus trabalhadores. Ações como a criação e desenvolvimento do documentário “Trajetos da Liberato”, veiculando emocionantes relatos que imbricam as vivências profissionais e pessoais de servidores. A realização desta atividade contou com a colaboração dos servidores Cícero Teixeira Jr., Francisco Machado, Maria Beatriz F. Macedo e Costa, e Robson Garcia Forte.

Na Semana Cultural, desenvolvemos o projeto “Oficina de Memórias”, já na sua segunda edição, que promove uma roda de conversa, na qual os servidores são convidados a contar histórias que vivenciaram em sua trajetória na Liberato. Também na Semana Cultural, organizamos a palestra “A Pesquisa em Educação: Acervos, Documentos e Memórias”, que foi ministrada pelas Professoras da UNISINOS, Dra. Beatriz Fischer e Dra. Luciane Grazziotin, com objetivo de instrumentalizar os participantes com referenciais teórico-metodológicos voltados para pesquisas sobre história, trajetória e memória institucional.

Parte integrante de nosso trabalho, o projeto “Contrastes Cotidianos: Tempo, Trabalho e Tecnologias”, coordenado e realizado por Francisco Machado, também faz parte desta edição da Revista Expressão Digital. Nesse projeto, Francisco realizou uma pesquisa no acervo fotográfico da instituição e de particulares para unir o passado e o presente de espaços e lugares significativos da Fundação Liberato.

Trajetórias de Vida é o projeto que nos traz aqui hoje e apresenta nas páginas seguintes, recuperadas de diferentes modos e formas, amostras do modo de ser da Fundação Liberato. Estamos falando de pessoas e suas histórias. O que está em evidência nesta proposta é a força dinâmica e transformadora de uma Instituição. Não são as pedras que contam histórias. São as pessoas que, no seu fazer diário, as reordenam e, assim, (re)constroem um novo panorama social, político e educativo.

É neste espírito que esta coluna Trajetórias de Vida pretende se solidificar e se tornar permanente nas próximas edições da Revista Expressão Digital, contando com a colaboração, a exemplo desta primeira edição, de alunos e ex-alunos, servidores e ex-servidores do Ensino e da área Administrativa, bem como de familiares de alunos. Se você quiser compartilhar a sua história, em formato de relatos, poemas, fotos, contos ficcionais ou verídicos, envie seu material para o e-mail: gttrajetos@liberato.com.br.

Agradecemos a colaboração da Prof.ª Maria Emília Lubian na revisão de português e a generosidade de cada autor(a) em compartilhar sua história e, assim, ajudar-nos a (re)construir a história da Liberato.

 

GT Trajetos

Carla Casagrande,Claudia Odiléia Muller, Cícero Teixeira,

 Francisco Machado, João Batista Flesch e José Edimar de Souza.

Referências

MUNDURUKU, Daniel. Em busca de uma ancestralidade brasileira. Revista Fazendo Escola, Alvorada, v. 2, p. 40-42, 2002. Disponível em: <http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/etnico_raciais/texto_daniel_munducuru.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2013.

RICOUER, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: UNICAMP, 2009.

 

Veja a seguir os relatos integrantes do Projeto Trajetórias de Vida – GT Trajetos:

Porque piscar é preciso – Maria Emília Lubian

Um hino – Carla Casagrande

Um capítulo na Liberato – Ramon Fernando Hans

Conheci a Liberato pelos olhos dos alunos – Lucrécia Raquel Fuhrmann

Uma vida de jornadas – Andrei Monteiro Gomes

PoemaCarmem Bica Beltrame

De estagiário a professor: a realização de um sonho – Márcio Leandro Souza Momberger

Liberato: criando oportunidades e realizando sonhos – Maurício Campello

Uma vida cheia de Liberato!! – Lisete Pont

Liberato de A a Z: quarenta e seis anos de história! – Elisabeth Schardong e Vera Maria Galarraga

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